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Estado de Minas

Polícia Civil desbanca fábrica clandestina de armas caseiras no Barreiro

Durante a operação, dois homens foram presos; Submetralhadora e munições fazem parte da carga apreendida pela Polícia Civil


postado em 08/02/2017 10:56 / atualizado em 08/02/2017 19:35

(foto: Polícia Civil/Divulgação)
(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Uma fábrica clandestina de armas foi encontrada no bairro Cardoso, na Região do Barreiro, em operação realizada na manhã desta quarta-feira, pela Polícia Civil de Minas Gerais. Dois homens foram presos na ação: Márcio Trindade de Araújo, de 49 anos, que seria o principal fabricante das armas, e o sobrinho dele, Antônio Marcos de Araújo, de 43.

No depósito onde funcionava a fábrica foram apreendidas diversas armas em processo de fabricação e uma metralhadora calibre 38 já pronta, com capacidade para 30 munições. Munições, silenciadores, moldes de carregadores, inclusive fuzis, e livros de anotações com projetos das armas também foram recolhidos.

A partir de denúncias de que a oficina de armas caseiras seria responsável por abastecer traficantes e suspeitos de assalto na região metropolitana e, possivelmente, em cidades do interior os policiais começaram as investigações, que durou seis meses.

(foto: Polícia Civil/Divulgação)
(foto: Polícia Civil/Divulgação)
A polícia apurou indícios de que armas semelhantes às apreendidas na operação de hoje teriam sido usadas em pelo menos três homicídios, durante conflito entre traficantes, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em 2016. Márcio, que trabalhava como serralheiro e não possuía nenhum registro criminal, assumiu a atividade criminosa, alegando que passava por dificuldades financeiras.

Conforme informações policiais, ele utilizava de projetos de pistolas de airsoft para construir moldes para as armas. A metralhadora encontrada na casa de Márcio, onde também funcionava sua oficina, era vendida por R$ 1.100, enquanto que o modelo original é fornecido na faixa de R$ 30 a R$ 40 mil. Antônio Marcos, sobrinho do serralheiro, seria o responsável por intermediar as transações e negociar com os interessados em adquirir as peças.

O delegado que coordenou as investigações, Felipe Freitas, explica que as armas eram produzidas sob encomenda e confeccionadas a partir de produtos comuns de serralheria, que eram adquiridos em ferro-velho. Dentre o armamento fabricado, foi encontrada inclusive uma réplica de uma arma da Segunda Guerra Mundial, conhecida como “Luger”.

“Ficou evidente que o material era todo produzido na oficina, uma vez que além dos projetos, encontramos armas em diferentes estágios de produção”, disse o delegado. Os suspeitos respondem agora pelo crime de fabricação e comercialização de armamento de uso restrito e proibido, cuja a pena pode chegar até 12 anos de reclusão.


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