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Estado de Minas

BH oficializa situação de emergência pela chuva

Em Belo Horizonte, uma criança morreu ontem arrastada por enxurrada junto com a irmã e colegas de escola. Outras 17 cidades mineiras enfrentam problemas durante período chuvoso


postado em 14/12/2016 09:10 / atualizado em 14/12/2016 12:03

Na Região Norte, uma das mais afetadas pelas inundações, parte da Rua Maria Martins foi arrastada(foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
Na Região Norte, uma das mais afetadas pelas inundações, parte da Rua Maria Martins foi arrastada (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
Foi publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial do Município o decreto Nº 16.501 que oficializa a situação de emergência por conta da chuva em Belo Horizonte. Assinado pelo prefeito Marcio Lacerda, o documento é válido por 180 dias. A prefeitura já havia adiantado ontem o pedido de ajuda federal após a morte de uma criança arrastada pela enxurrada durante a chuva forte no Bairro Jardim Felicidade, Região Norte da capital. 

Entre os argumentos da prefeitura no decreto, estão os danos (inundações, enxurradas, alagamentos e quedas de árvores) causados por temporais desde o início do mês.

Segundo a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), em apenas 13 dias, choveu, em média, 284,3 mm em toda a cidade de Belo Horizonte, o que corresponde a 89% do esperado para o mês de dezembro. 
No mesmo período, a região da Pampulha contabilizou 331,5 mm e superou a média histórica de chuva da capital mineira para dezembro, que é de 319,4 mm. Outras regiões da cidade, como leste, nordeste, norte e Venda Nova, já alcançaram mais de 90% da média.

Outras 17 cidades mineiras enfrentam problemas durante período chuvoso, sendo que nove já decretaram situação de emergência, como Belo Horizonte (veja quadro). Outros nove estão com pedidos sob análise da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). Nesta temporada, cinco pessoas morreram e duas estão desaparecidas em razão da chuva, uma em Resplendor e uma na capital, onde também ocorreu a última morte.

Ontem a Coordenadoria de Defesa Civil da capital (Comdec) divulgou o balanço dos estragos causados pelas intensas chuvas durante 24 horas em Belo Horizonte. Ao longo da manhã, a reportagem do Estado de Minas percorreu bairros das regiões Norte e Venda Nova e constatou diversos danos, como ruas onde parte do asfalto cedeu, além de muita sujeira.

Segundo a Comdec, entre segunda e terça-feira, foram 108 solicitações de atendimento motivadas pela chuva na cidade, a maioria na Região Norte, com 34 chamados no total. Considerando apenas comunicandos de alagamentos e inundações, foram 22. No Bairro Juliana, parte da Rua Maria Martins desabou durante o temporal. Pela manhã ainda era possível ver um grande volume de água saindo da canaleta sob a via. O trecho foi isolado, deixando o trânsito apenas em uma pista estreita. Situação semelhante ocorreu na Rua Luiz Franzen de Lima, no Bairro Xodó Marize. De acordo com a Defesa Civil, o deslizamento de uma enconsta comprometeu a lateral da pista. A BHTrans foi chamada para isolar o trecho.

Ver galeria . 9 Fotos Chuva provoca alagamento e deixa rastro de destruição na Avenida VilarinhoDivulgação/
Chuva provoca alagamento e deixa rastro de destruição na Avenida Vilarinho (foto: Divulgação/ )
Venda Nova surge em segundo lugar em acionamentos da Defesa Civil, com 27 solicitações, sendo oito sobre alagamentos. Lá, a Avenida Vilarinho registrou a terceira enchente desde o início do período chuvoso. Na noite de segunda-feira, passageiros de dois ônibus ficaram ilhados sobre os coletivos no meio das pistas alagadas. Funcionários da prefeitura trabalhavam ontem na limpeza da via.

O Corpo de Bombeiros também divulgou balanço de atendimentos na Região Metropolitana de BH entre segunda e terça-feira. Foram nove ocorrências de cortes de árvores caídas e risco iminente de queda. Na segunda-feira, três pessoas precisaram ser resgatadas em alagamentos e os militares receberam duas chamadas sobre inundações.

ESTRAGOS Em Minas, já são 1.941 pessoas desalojadas e 223 desabrigadas por causa das chuvas, que deixaram ainda 18 pessoas feridas. Até ontem, segundo a Cedec, 665 casas haviam sido danificadas e 61 desabaram. Trinta e uma obras de infraestrutura, como pontes, foram destruídas e outras 18 sofreram danos.

Das cinco mortes, quatro foram registradas em Resplendor, no Vale do Rio Doce, no dia 18 de novembro. Choveu forte e córregos inundaram o distrito de Nicolândia. As vítimas foram arrastadas quando tentavam sair de suas casas, que foram inundadas. Uma quinta pessoa continua desaparecida.

Sob a força da água

Municípios mineiros que decretaram situação de emergência por causa da chuva

Santo Antônio do Jacinto      
17/10/2016

Pedra Azul                           
20/10/2016

Itueta                                 
24/11/2016

Resplendor                          
28/11/2016

Marilac                                
30/11/2016

Manga                                 
30/11/2016

São Geraldo da Piedade         
2/12/2016

Itaobim                                
2/12/2016

Belo Horizonte                       
15/12/2016

Municípios com pedidos em análise

Conselheiro Lafaiete                
14/11/2016

Carlos Chagas                         
19/11/2016

Aimorés                                  
19/11/2016

Conselheiro Pena                      
1/12/2016

Itanhomi                                  
29/11/2016

Açucena                                      
2/12/2016

Governador Valadares                   
28/11/2016

Além Paraíba                                     
6/12/2016

Dona Euzébia                                      
9/12/2016

Fontes: Cedec/Comdec


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