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Estado de Minas

Moradores do Gutierrez cobram segurança após assalto com feridos

Ataque de criminosos termina com mulher espancada e marido atingido no abdômen. Moradores da vizinhança dizem que área é alvo de onda de roubos


postado em 04/11/2016 06:00 / atualizado em 04/11/2016 07:38

Veja como foi a abordagem de criminosos que espancaram e balearam vítimas(foto: Arte EM)
Veja como foi a abordagem de criminosos que espancaram e balearam vítimas (foto: Arte EM)
Ataque de uma dupla de ladrões terminou com um homem baleado e uma mulher agredida e ferida, no fim da manhã de ontem, na Rua Almirante Alexandrino, próximo ao número 750, no Bairro Gutierrez, Região Oeste de Belo Horizonte. De acordo com moradores, a ocorrência é a mais recente de uma onda de assaltos que vem assustando a comunidade local. Tanto que a Rede de Vizinhos Protegidos do Gutierrez, Grajaú e Barroca agendou reunião com representantes da Polícia Militar para tratar da violência na área.

 

No episódio de ontem, de acordo com uma testemunha, a mulher, J.A.A.G, de 35 anos, estava com o carro estacionado em frente a um prédio, quando dois criminosos a abordaram para tentar tomar o veículo. Ela foi puxada pelos cabelos e espancada por um dos ladrões. “O marido, que estava fora do carro, em frente ao edifício, ouviu os gritos e foi ajudá-la”, contou uma testemunha, que não quis se identificar. Com a confusão, os assaltantes se assustaram e, correndo em direção ao veículo, atiraram contra o homem, G.M.R.F, de 53 anos. “O tiro o acertou a barriga. A mulher ficou com o rosto machucado”, completou.

Segundo o boletim de ocorrência, a vítima levou vários chutes e socos. Com o barulho, moradores se assustaram e, curiosos, desceram para ver o que estava acontecendo. De acordo com a Polícia Militar, o veículo Saveiro, de cor branca, foi encontrado abandonado na Rua Marechal Bittencourt, 1.080, no mesmo bairro. A corporação acrescentou que as vítimas foram socorridas por testemunhas e levadas para o Hospital João XXIII.

MEDO A sensação de insegurança preocupa moradores do bairro. A estudante Daniela Corradi, de 21 anos, conta que casos do tipo estão cada vezes mais frequentes na região. “Nas últimas semanas, fiquei sabendo de pelo menos cinco tentativas de assalto próximas ao meu prédio. E não tem horário, acontece desde a manhã até a noite”, relatou ela.

O morador e comerciante Antônio Afonso, de 59, também sustenta que a criminalidade assusta. Dono de um bar na Rua Américo Macedo, ele conta que seu prejuízo já chegou a R$ 15 mil, devido a diversos assaltos. “Aqui sempre foi um bairro violento, mas agora está demais”, contou. Há alguns meses, ele foi vítima de criminosos que o balearam na cabeça após tentar roubá-lo. Submetido a cirurgia, se recuperou sem sequelas. “Está terrível, qualquer barulho de moto a gente já fica com medo”, afirmou o comerciante.

A Rede de Vizinhos Protegidos do Gutierrez, Grajaú e Barroca têm reunião agendada para o dia 29 com a Polícia Militar para tratar da segurança do bairro. De acordo com líder comunitário Wellington Luiz Medeiros, a situação está preocupante. “Vamos pedir presença mais efetiva da polícia e cobrar da Prefeitura de Belo Horizonte a instalação de 10 câmeras de monitoramento no Gutierrez, escolhidas por meio do Orçamento Participativo de 2015 e 2016. Uma sala, no 22º Batalhão da Polícia Militar, está pronta com o equipamento,  só falta colocar as câmeras na rua. Acreditamos que isso vai melhorar a segurança”, afirmou.

MEMÓRIA

Universitário morto a tiros


A morte do jovem Matheus Salviano Botelho de Morais, de 21 anos, assassinado com três tiros em 8 de fevereiro de 2014, comoveu moradores do Bairro Gutierrez. O estudante de engenharia foi abordado quando tentava entrar no carro, estacionado na Rua Almirante Tamandaré esquina com Estácio de Sá, a apenas três quarteirões do local onde ocorreu o crime de ontem, no bairro da Região Oeste de Belo Horizonte.


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