
No momento da intervenção, houve troca de tiros entre os policiais e o grupo. Dos cinco suspeitos, três foram baleados e encaminhados para atendimento médico, sendo que dois morreram e um continua internado. Os outros dois foram presos. Nenhum policial ficou ferido. Segundo a polícia, a quadrilha era do Mato Grosso e planejava roubar o dinheiro dos caixas eletrônicos.
De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, o Deoesp recebeu informação sobre o assalto e uma equipe se dirigiu ao local. “A quadrilha foi surpreendida pelos policiais, por volta das 3h, quando estava no interior da agência”, informou a Polícia Civil. Foram apreendidos com os ladrões dois veículos, três armas de fogo e materiais utilizados para a prática do crime.
Ataques a caixas eletrônicos têm sido frequentes principalmente em cidades do interior de Minas. Somente de janeiro a agosto deste ano, último dado disponível, foram 153 ocorrências, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). O número é 34% maior do que os 114 do mesmo período do ano passado e continua crescendo.
O número de ataques a terminais eletrônicos neste ano já se aproxima do total registrado em 2014, quando houve 173 registros em 12 meses. E os criminosos estão mudando de tática: de acordo com a Polícia Civil, devido à intensa fiscalização sobre a venda e uso de explosivos industrializados, que é atribuição do Exército, os assaltantes passaram a usar também artefatos artesanais, feitos com tubos de metal e pólvora. Dependendo da composição da bomba, o efeito pode ser semelhante ao da dinamite.
De acordo com a Polícia Civil, houve uma queda considerável nas explosões em Belo Horizonte e região metropolitana, devido às ações preventivas e investigações. No ano passado, a Polícia Civil em Poços de Caldas prendeu uma quadrilha de São Paulo responsável por vários assaltos no Sul de Minas, onde também foi registrada redução nas ocorrências, segundo a polícia.
Levantamento da polícia revela que quadrilhas que agem no Norte de Minas também vêm de fora: saem da Bahia para atacar em território mineiro, o que dificulta as investigações. Para tentar coibir as ações de organizações criminosas de fora de Minas, a Polícia Militar informa que vem reforçando o patrulhamento em cidades que fazem divisa com outros estados.
