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Estado de Minas LIMPEZA DESIGUAL

SLU reduz em 30% a varrição de ruas de menos movimento em BH

Serviço fica intacto no Centro e em vias com comércio forte


postado em 01/09/2016 06:00 / atualizado em 01/09/2016 07:51

Trabalhador da SLU na Rua Santa Catarina: Centro segue com três varrições diárias, mas há locais limpos uma vez a cada 15 dias(foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS )
Trabalhador da SLU na Rua Santa Catarina: Centro segue com três varrições diárias, mas há locais limpos uma vez a cada 15 dias (foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS )
Moradores de Belo Horizonte têm um novo desafio na porta de casa. Por causa de cortes orçamentários na administração municipal, a Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte (SLU) reduziu em 30% a varrição em ruas de bairro da capital. Com isso, quem reside em vias com menor circulação de pessoas e com características residenciais enfrenta atualmente uma rotina de maior acúmulo de lixo, diante do aumento do intervalo entre os dias de trabalho dos garis. A redução ocorreu em todos as regionais de BH e, enquanto há pontos da cidade em que a varrição pode demorar até 15 dias, ruas do Centro de Belo Horizonte têm até três varrições diárias. O serviço também foi mantido em pontos de maior comércio e fluxo de pessoas.


O aumento do prazo para limpeza pode trazer impactos negativos para a saúde pública, especialmente pela proximidade do início do período chuvoso, em setembro. É o que alerta o diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, Carlos Starling, que lembra o risco do acúmulo de lixo em via pública e em bueiros. Segundo ele, pode haver aumento de doenças como leptospirose, hepatite A e diarreias, em razão de alagamentos. “A queda na varrição tem, consequentemente, reflexos negativos para a prevenção de doenças, porque entope a rede de esgoto e gera água parada”, disse.

A SLU reconhece que houve queda do serviço em ruas como a Princesa Isabel, no Bairro Renascença (Nordeste); Vista Alegre, no Bairro Paraíso (Leste), e Ramalhete, no Bairro Anchieta (Centro-Sul). Moradora da Rua Bicas, no cruzamento com Antônio Torres, no Bairro Sagrada Família, a aposentada Nilma Cardoso de Oliveira, de 77 anos, percebeu a mudança. Segundo ela, enquanto a varrição ocorria, anteriormente, uma vez por semana,  agora o serviço é feito a cada 15 dias. “O tempo que fica sem varrer é muito grande”, reclama.

Bocas de lobo

De acordo com a SLU, a frequência de limpeza é determinada pelo uso da via. “Naquelas onde há mais comércio e maior fluxo de pedestres não houve alteração. Nas de menor circulação de pessoas, com características residenciais, houve redução temporária de até 30% no serviço de varrição”, informou a Superintendência, por meio de nota.

Sobre o risco de doenças com a diminuição da frequência de varrição, a Superintendência informou que suas equipes monitoram todas as regiões da cidade, como acontece todos os anos, realizando também os demais serviços de limpeza urbana, imprescindíveis para o combate aos vetores, por meio da remoção de deposições clandestinas e da limpeza de bocas de lobo. A SLU não informou ontem qual foi o valor da economia feita com a redução da varrição em parte da cidade e garantiu que a intervenção vai durar até o fim do mês.

 


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