
Em três meses, foram obtidos valores previstos para nove meses de aplicação dos produtos, informou a Prefeitura de Belo Horizonte. O enquadramento da lagoa na classe 3, conforme normatização do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), permite a recreação de contato secundário com a água, ou seja, prática de atividades em que o contato com água seja esporádico ou acidental.
A expectativa é que as metas de qualidade da água sejam alcançadas no fim de 2016. Depois de alcançado este objetivo, as atividades de manutenção e qualidade da água serão mantidas por mais um ano, segundo a PBH. A primeira etapa da recuperação contou com coleta e análise da água e dos sedimentos.
Dois produtos registrados no Ibama, que já foram testados em outros lugares, foram utilizados nos trabalhos. Um deles tem a função de degradar o excesso de matéria orgânica e reduzir a presença de coliformes fecais. O outro é capaz de promover a redução do fósforo e controlar a floração das algas.
A classe 3 é o parâmetro apontado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) como suficiente para contato secundário com a água, caso dos esportes náuticos. A aplicação de dois produtos considerados biorremediadores levou, segundo o gerente de Gestão de Águas Urbanas da PBH, Ricardo Aroeira, os níveis de matéria orgânica, coliformes termotolerantes e clorofila-a aos padrões abaixo do limite da classe 3 levando em consideração amostras coletadas em abril e maio. Já a presença de fósforo total e cianobactérias ainda está fora do esperado para ser alcançado em novembro, apesar do fósforo ter diminuído nos três primeiros meses do contrato.
O serviço de limpeza da Lagoa da Pampulha demandou investimento de R$ 30 milhões e integra o Programa Pampulha Viva, financiado pelo município, Banco do Brasil e BDMG, além da Copasa. Os trabalhos são supervisionados pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura e Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).
