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Estado de Minas

Barbárie em Ituiutaba: grávida teve barriga cortada ainda viva, diz polícia

Polícia já prendeu quatro pessoas pela morte de jovem que teve bebê retirado do útero. Segundo as investigações, mandante ofereceu R$ 2 mil, cortes de cabelo e celulares a cinco pessoas para cometer o crime


postado em 23/08/2016 17:29 / atualizado em 23/08/2016 22:05

Um desfecho bárbaro para o crime arquitetado em Uberlândia e Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, para matar a jovem grávida Greiciara Belo Vieira, de 19 anos, e retirar o bebê que ela estava esperando. Quatro pessoas estão presas, entre elas a mandante e mentora intelectual, Shirley de Oliveira Benfica, de 39 anos. Outras duas estão foragidas. A garota estava viva quando teve a barriga aberta para a retirada da criança. A crueldade dos suspeitos seria recompensada com R$ 2 mil, celular e um corte de cabelo. Os detalhes foram dados na tarde desta terça-feira durante entrevista coletiva da Polícia Civil.

Segundo as investigações, Shirley, uma ex-garota de programa que mora em Uberlândia, planejou tudo porque havia inventado para a família e o namorado uma gravidez, com o propósito de mantê-lo ao seu lado. Há oito meses, o companheiro , dono de uma agência de venda de carros em Araguari, na mesma região, queria a separação. Naquele momento, ela contou que esperava um filho.

Nesse período, ela pediu à amiga Jacira Santos de Oliveira, de 48, técnica em enfermagem, que lhe conseguisse uma criança para adoção. Não tendo sucesso na empreitada, elas partiram para o tudo ou nada. As duas contaram com o apoio de Lucas Mateus da Silva, 22, vulgo Mirele, que conhecia Greiciara e a indicou como vítima. Na quinta-feira passada, ele se encontrou com a jovem com o pretexto de entregar uma lembrança ao bebê. Então, a convidou para ir a uma festa, onde haveria drogas.

De acordo com a polícia, depois de fumar maconha, a garota tomou um refrigerante no qual havia um medicamento, se sentiu mal e entrou num carro a pedido de Shirley, que se oferceeu para levá-la em casa. Greiciara foi levada por Jacira, Lucas, Jonathan Martins Ribeiro de Lima, de 24, vulgo Yasmin, e outros dois envolvidos para as margens de uma represa, a 140 quilômetros de Uberlândia, em Ituitaba. Como o éter usado para fazê-la desmaiar não surtiu efeito, Jacira fez a incisão em Greiciara ainda viva. A criança foi retirada com ela acordada, implorando pela vida. Depois, foi enforcada até a morte.

"A mandante apresentava a familiares e um namorado ultrassons que ela falsificou e dizia que o parto seria esta semana. Ela chamou os autores e disse que precisava de uma criança”, afirma o delegado regional de Ituiutaba, Carlos Antônio Fernandes, um dos responsáveis pelo caso, ao lado da delegada Roberta Silva Borges Ferreira, titular da Delegacia de Homicídios da cidade, que preside as investigações. “Ela falava para o namorado e parentes que não tinha barriga da gestação, porque, por ter feito uma abdomenoplastia, a criança estava por baixo da costela, e eles acreditaram”, acrescenta.

A criança foi encontrada, aparentemente em bom estado de saúde, na casa de uma babá contrada por Shirley. As investigações concluíram que a senhora nada tinha a ver com o caso. A menina, que tem quatro dias de vida, está no Hospital das Clínicas de Uberlândia. Foram apenas 24 horas entre a localização do corpo e a prisão dos acusados, que podem pegar até 40 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, sequestro, ocultação de cadáver e subtração de incapaz.

RB


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