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Estado de Minas

Suspensão do Mobicentro traz alívio, mas não desmobiliza moradores

BHTrans anunciou interrupção temporária do projeto que altera o trânsito no entorno da Praça ABC, no Funcionários, depois de moradores protestarem. Paralisação das intervenções é para análise de propostas da população


postado em 12/08/2016 15:15 / atualizado em 12/08/2016 15:53

Moradores do Bairro Funcionários, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, afirmam que vão manter resistência contra as mudanças de trânsito do Mobicentro, previstas para o entorno da Praça Benjamim Guimarães (Praça ABC), no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Getúlio Vargas. Depois de um protesto organizado na manhã desta sexta-feira e de faixas terem sido instaladas por moradores na região, criticando a "falta de diálogo" da administração municipal, a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) decidiu recuar das mudanças. A suspensão do projeto, no entanto, é provisória. Por isso, a comunidade disse que vai se manter alerta aos próximos passos da prefeitura.

Por meio de nota, divulgada hoje, a empresa informou que a decisão foi tomada para que a BHTrans "possa estudar as sugestões apresentadas pelos moradores. As mesmas podem ser incorporadas ao projeto". A empresa deve se reunir novamente com a população, mas ainda não há data marcada. O ponto de conflito é com relação ao fechamento de um quarteirão da Rua Cláudio Manoel – entre Piauí e Praça ABC, no acesso às avenidas Afonso Pena e Getúlio Vargas. O quarteirão passa a ser fechado e o tráfego, que na maior parte vem do Bairro Serra, é desviado para a Rua Piauí, para acessar as duas avenidas.

"Essa suspensão traz um alívio. Vamos aguardar para ver se realmente vamos ser ouvidos. Mas não vamos descuidar, já que a BHTrans fez todo o projeto sem nos consultar", afirma o administrador César Mattos dos Santos, morador da Rua Piauí.

Segundo ele, o fluxo de veículos que segue pela rua, no sentido Praça ABC, já é intenso e com ainda mais carros, o impacto na via será muito grande. "Questionamos a BHTrans sobre as melhorias e os técnicos não souberam nos provar quais são os benefícios", disse. Ainda segundo ele, uma moradora da rua entrou com denúncia no Ministério Público Estadual. Um processo civil foi aberto pelo órgão e está em tramitação.

Também moradora da Rua Piauí, Cláudia Souza Lima, diz ter esperança de que o projeto seja revisto. "Acho que eles estão revendo alguma coisa, mas que querem fazer, querem, porque o projeto já estava todo pronto. Quando apresentaram o projeto, já apresentaram impondo, não fizeram consulta pública, planejamento, nem nada", afirmou.


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