![Sensibilidade na dor: João Ildefonso e Elizabet Alvarenga doaram os órgãos da filha (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press ) Sensibilidade na dor: João Ildefonso e Elizabet Alvarenga doaram os órgãos da filha (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press )](https://i.em.com.br/pz2xPtfQISt4e29dpGYf9mnWkMQ=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2016/07/26/787494/20160726081919830589i.jpg)
Único caso de doação pediátrica de múltiplos órgãos na Santa Casa de Belo Horizonte desde 2009, a história da menina cardiopata que ajudou a salvar outras seis crianças, foi publicada na última semana pelo Estado de Minas. “Recebi telefonemas de todas as partes do país, buscando informações sobre a doação de órgãos”, informou ontem o diretor do MG Transplantes. Segundo o médico, ainda não há como fechar os dados preliminares de julho, mas o aumento da procura por informações indica uma possibilidade de recuperação.
Segundo a enfermeira da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cidot) da Santa Casa, Mara Rúbia de Moura, devido à serenidade dos pais de Isabela, que foram bem orientados pela equipe de saúde da unidade hospitalar, foi possível conseguir constatar a morte encefálica da criança, diante de testes como o encefalograma, e captar os órgãos a tempo de salvar outras vidas. “Em geral, tem muito mais gente precisando de um órgão do que pessoas dispostas a doar. A decisão de um doador pode salvar até sete vidas”, explica.
FILA Em Minas, 73 crianças aguardam na fila por um órgão. No Brasil, 910 estavam ativas no registro brasileiro de transplantes até março deste ano, último dado fornecido pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). “Conseguir um órgão para uma criança é ainda mais difícil, em função do peso e do tamanho. Ela só pode receber de outra criança, que ainda terá de ser compatível”, completa.
Para se tornar um doador, o passo principal é conversar com a sua família e deixar bem claro o seu desejo. Não é necessário deixar nada por escrito. Depois de comprovada a morte, os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito. A partir da constatação da morte encefálica, órgãos e tecidos em condições de ser aproveitados podem ser retirados. Os tipos mais frequentes de transplantes são de córneas e rins.