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Estado de Minas

Cinco pessoas são atendidas por dia com queimaduras no HPS João XXIII

Fhemig divulga dados de atendimentos para tentar sensibilizar população sobre cuidados principalmente dentro de casa, no dia nacional de combate a esse tipo de lesão


postado em 06/06/2016 12:51 / atualizado em 06/06/2016 13:19

O jovem Bruno Lohan levou um choque ao ajudar o irmão a retirar uma pipa enroscada na rede elétrica(foto: Anni Sieglitz/Fhemig)
O jovem Bruno Lohan levou um choque ao ajudar o irmão a retirar uma pipa enroscada na rede elétrica (foto: Anni Sieglitz/Fhemig)
De janeiro a março de 2016, o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, atendeu, em média, cinco pessoas todos os dias vítimas de queimaduras, totalizando 514 pacientes nos três primeiros meses do ano. O número se mantém estável quando comparado com 2015, ano em que foram contabilizados 2.074 atendimentos e a mesma média diária de entrada na unidade de saúde.

Os números são considerados altos pelo coordenador do Serviço de Cirurgia Plástica do HPS João XXIII, Marcos Mafra, que atendeu a imprensa na manhã desta segunda-feira, Dia Nacional de Luta Contra a Queimadura, para alertar a população sobre os cuidados necessários para evitar os acidentes.

“Temos 35 leitos para atendimento de queimados e invariavelmente todos ficam ocupados. O atendimento tem se mantido ao longo dos anos por conta de muitos acidentes, principalmente domésticos, que poderiam ser evitados”, afirma o médico.

Segundo Marcos Mafra, cerca de 30% das entradas têm relação com acidentes no manuseio de álcool, como casos em que as pessoas jogam o líquido em churrasqueiras usando a garrafa cheia e acabam se queimando.

“É importante ter muita atenção dentro de casa e evitar essas condutas, porque o tratamento é muto mais doloroso e mais caro do que simples ações de prevenção. Além de uma internação prolongada, as queimaduras deixam marcas para o resto da vida. Há também um estigma social, consequência que com poucas ações poderia ser evitado”, completa o profissional.

Funcionários da Fhemig orientaram a população sobre risco de queimaduras (foto: Anni Sieglitz/Fhemig)
Funcionários da Fhemig orientaram a população sobre risco de queimaduras (foto: Anni Sieglitz/Fhemig)


Os 35 leitos do hospital são divididos entre Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde ficam nove leitos, e um setor de queimados menos graves, com mais 25 espaços de atendimento. O coordenador do serviço destaca que essa é uma das melhores estruturas do Brasil e que a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) distribuiu um material explicativo sobre os problemas para a população. A instituição estuda ainda entregar as cartilhas nas escolas da capital mineira.

Uma das pessoas internadas no setor de menor gravidade é o jovem Bruno Lohan, de 19 anos, que estuda engenharia civil. Ele deu entrada em 27 de maio e ficou vários dias na UTI porque sofreu queimaduras graves nas costas e perdeu a mão. O acidente aconteceu depois que ele tentou ajudar o irmão puxando uma pipa presa na rede elétrica e tomou um choque.

“Estou ciente das limitações que terei daqui para frente. Vou usar uma prótese e já estou pesquisando os tipos. Espero que as pessoas tenham mais consciência com as queimaduras”, afirma o jovem.


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