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Estado de Minas

Pedestre baleado em confusão envolvendo policiais em BH continua internado

Policiais se desentenderam durante uma abordagem. A arma do civil disparou quando os PMs tentavam imobilizá-lo. Vítima está no Hospital João XXIII. Idoso ferido por estilhaços de outra arma já teve alta


postado em 31/03/2016 09:58 / atualizado em 31/03/2016 11:05

Segue internado no Hospital João XXIII Kemerson Kelly dos Santos, de 23 anos, baleado durante a confusão envolvendo policiais militares e um policial civil na noite de quarta-feira no Centro de Belo Horizonte.

O pedestre foi atingido na barriga. De acordo com a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), ele se encontra na clínica cirúrgica e o estado de saúde dele é estável. Um outro pedestre também se feriu. Carlos Alberto Tertuliano, de 62, foi atingido por estilhaços de uma arma de choque usada pelos militares. Ele foi socorrido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro-Sul e já recebeu alta.

A confusão começou durante uma abordagem de agentes do Grupo de Patrulhamento de Área de Risco (Gepar) embaixo de um viaduto ao lado da rodoviária. Um dos abordados era um investigador da Polícia Civil e a arma dele disparou quando os PMs tentavam imobilizá-lo.

De acordo com a Polícia Militar, policiais do Gepar foram até a Rua 21 de Abril, no Centro, onde o rastreamento de um telefone celular apontou a localização do aparelho. Ainda na versão da PM, no local estavam quatro homens, entre eles o filho de um investigador da Polícia Civil, de 16 anos. O policial civil teria se identificado para tentar impedir a abordagem dos militares. No entanto, os PMs continuaram a ação ao reconhecerem dois receptadores que atuam na região.

Segundo o major Renato Federici, do 1º Batalhão, o policial civil teria agido de forma agressiva e pegou a arma. Dois militares tentaram imobilizá-lo. Durante a confusão a arma disparou. A bala atingiu o chão e depois a barriga de Kemerson Kelly. Vídeo feito pelo filho do policial civil mostra o momento da abordagem e o disparo da arma. Na gravação, é possível ouvir o investigador mandando os PMs tirarem a mão da arma e, após o tiro, criticando a dupla pelo tiro.

O filho do investigador contestou a versão dos militares. "Meu pai se identificou como policial e eles continuaram batendo nele, quebraram um cassetete nele. Só pararam porque liguei para a delegacia da Polícia Civil e pedi uma viatura para eles pararem de espancar o meu pai", contou G., de 16 anos. O rapaz contou que estava de saída do trabalho quando foi abordado por PMs à procura de um aparelho celular roubado na região do shopping popular Oiapoque.

O amigo do investigador também deu outra versão sobre o caso. Segundo ele, o policial civil tinha ido ao Centro buscar o filho. O garoto teria sido abordado de forma truculenta. Ao ver a cena, o investigador teria se identificado e também acabou agredido pelos PMs. A testemunha afirma ainda que o civil não sacou a arma.

Na quarta-feira, a Polícia Civil contou uma outra versão para o caso. A corporação informou que as informações preliminares dão conta de que os policiais militares abordaram várias pessoas no local, entre elas o policial civil. Na ação, o homem tentou se identificar e foi ignorado pelos PMs, dando início à confusão. A Polícia Civil ressaltou que a versão era inicial e que poderia ter mudanças após os envolvidos serem ouvidos pelo delegado. O em.com.br entrou em contato com a corporação novamente na manhã desta quinta-feira e aguarda resposta. (Com informações de João Henrique do Vale, Thiago Lemos e Fernanda Penna – TV Alterosa)


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