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Estado de Minas

Família suspeita que mulher que morreu com suspeita de dengue foi vítima de erro médico

Auxiliar de serviços gerais de 60 anos ficou dois dias internada na UPA Barreiro. Segundo filhos, ela teria recebido um medicamento errado, o que agravou o estado de saúde e causou a morte


30/03/2016 06:00 - atualizado 30/03/2016 07:55

A família de uma auxiliar de serviços gerais de 60 anos busca respostas em meio à dor da perda. Cleusa Souza estava internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Barreiro, em BH, após ser diagnosticada com suspeita de dengue, e morreu dois dias depois de dar entrada no centro de saúde. Os parentes denunciam que ela tenha sido vítima de erro médico ao receber medicação errada. A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) nega que foram ministradas medicação diferente da prescrita.  

“Na segunda-feira, dia 14, ela fez exame de plaquetas e disseram que podia ser dengue”, explica um dos filhos da vítima, que pediu para não ser identificado. O diagnóstico de suspeita de dengue no primeiro atendimento foi feito na Policlínica de Sarzedo, na Grande BH. Os filhos resolveram levar Cleusa para lá porque a UPA Barreiro estava lotada. Segundo eles, a paciente sentia dores no corpo, febre, fraqueza e chegou a desmaiar.  

“Na quinta-feira à noite, ela voltou a passar mal e a levamos pra a UPA Barreiro. Ela foi para a emergência”. De acordo com familiares, o exame de sorologia para dengue não foi realizado. Ainda segundo o filho, no sábado, quando a paciente já havia deixado a emergência e estava na enfermaria, teria sido ministrado nela o antibiótico Ciprofloxacino, remédio que, conforme os familiares, foi receitado para uma paciente que estava na maca ao lado. A família teria alertado a enfermeira sobre o erro.
 
SECRETARIA NEGA Foram feitos dois boletins de ocorrência, ambos registrados pelo genro de Cleusa. Segundo a Polícia Militar, o primeiro, relatando “suspeita de ministração de remédio errado em paciente internada”, foi confeccionado às 15h20. O segundo, às 18h33, após a morte da auxiliar de serviços gerais. “A técnica em enfermagem falou que não administrou o medicamento citado (antibiótico Ciprofloxacino) e só fez a troca do soro na paciente. A família teme que esse medicamento tenha ocasionado a morte da senhora, porque o quadro dela era bom e estável até administrar o medicamento, e só depois disso o quadro agravou e ela veio a óbito”, consta no boletim. O filho de Cleusa diz que, até ser internada, a mãe não tinha nenhum problema de saúde. A causa da morte, conforme o atestado de óbito, foi choque cardiogênico.  

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) informou que a paciente deu entrada na UPA Barreiro em 17 de março com relato de desmaio e suspeita de dengue com plaquetopenia, inclusive com exames realizados anteriormente. Ela foi classificada como amarelo, considerado de urgência. Segundo a pasta, dois dias depois houve a piora do quadro clínico e a mulher foi transferida para a sala de emergência, onde morreu às 17h10. A SMSA afirmou que não divulga as causas da morte dos pacientes por questões de sigilo e negou que foram ministradas medicação diferente da prescrita.


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