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Estado de Minas

Segundos entre escapar ou morrer: motociclista conta como sobreviveu à tragédia no São Bento

'O que vi foi só um vulto passando na minha frente, um estrondo e a cortina de poeira', diz o condutor que por pouco não foi atingido pelo caminhão que matou duas pessoas


postado em 11/03/2016 06:00 / atualizado em 11/03/2016 08:12

Um ônibus que parou no ponto e interrompeu o tráfego por alguns segundos, situação comum no dia a dia do trânsito de Belo Horizonte, pode ter salvado a vida do almoxarife Wenderson Barbosa Santos, de 23 anos. Por causa da interrupção, por questões de instantes o motoqueiro se livrou de ser atingido pelo caminhão desgovernado que causou a tragédia no Bairro São Bento.

“Saí do serviço às 16h50 – sete minutos antes do acidente – e ainda parei para ler algumas mensagens no smartphone. Quando arranquei, pouco à frente tinha um ônibus parado no ponto. Não forcei a ultrapassagem, porque a rua é estreita. Rodei por um quilômetro e meio quando me aproximei da rotatória, diminuindo para parar. O que vi foi só um vulto passando na minha frente, um estrondo e a cortina de poeira. Meio sem saber o que fazer, passei entre a poeira e parei para tentar socorrer as pessoas”, contou Wenderson.

Ontem, o almoxarife disse que evitou o mesmo caminho. “Vi o vídeo, e o carro vermelho que passa pouco antes de o caminhão sair da Rua Centauro estava poucos metros na minha frente. Quando penso em tudo, como escapei, como as pessoas nos carros escaparam, penso em Deus. Cheguei em casa na noite do acidente e dei graças por estar vivo”, completou Santos.

De acordo com ele, foi possível ver um homem que estava em uma moto de pequeno porte, de cor amarela, descendo a Centauro, à frente do caminhão. “Ele ainda teve tempo de jogar para a direita e por pouco não foi atingido. Com o susto, ele seguiu em frente e nem parou para ver o acidente”, afirma, em referência ao piloto que aparece em imagens de câmeras de segurança se salvando por um triz.

O ônibus que estava à frente de Wenderson era o de prefixo 20.215 da Viação Globo, dirigido por Antônio Silva, com a cobradora Ana Tereza. Fazia a viagem das 16h40 e passou no local do acidente 48 segundo depois que o caminhão desgovernado cruzou a rotatória. Segundos que impediram uma tragédia ainda maior.

“Parei num ponto antes da rotatória para pegar três passageiros. Vi o caminhão descendo desgovernado. Nossa Senhora! Por pouco não pegava a gente. Estávamos eu, a cobradora e uns 20 passageiros. Um acidente desses só faz quem dirige  pensar que não adianta correria. Tem que andar sem pressa”, disse Antônio Silva, de 56, que há 16 anos trabalha no transporte coletivo.


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