As investigações começaram no dia em que José Izaías foi preso, 17 de fevereiro. Segundo a delegada Francielly de Queiroz, ele é morador de Vespasiano e procurava vítimas no centro da cidade, até que entrou em contato com o pastor de uma igreja evangélica do Bairro Jardim da Glória. Ele disse que precisava de sete pessoas para trabalhar em uma empresa de ônibus e pediu que o pastor indicasse alguém entre os fiéis. O religioso repassou a informação e sete pessoas se candidataram às supostas vagas.
Conforme a delegada, ele marcava um ponto de encontro com a vítima, onde entregava um formulário e cobrava R$ 100. José Izaías dizia às vítimas que o valor correspondia à taxa de admissão mais exame médico admissional. Pelo menos três das sete pessoas caíram no golpe e chegaram a pagar entre R$ 80 e 100 para o suspeito. Elas descobriram o golpe assim que compareceram à clínica médica e souberam que não havia nenhum exame marcado. Em seguida, entraram em contato com a empresa de ônibus e ficaram sabendo que não existia nenhuma vaga em oferta.
As vítimas comunicaram ao pastor que haviam caído em um golpe. Uma quarta vítima, um homem de 27 anos, estava em negociações com o suspeito. O grupo denunciou o caso à polícia e o rapaz foi orientado a manter as negociações com José para que eles montassem uma operação.
José Izaías marcou o encontro com a vítima na porta da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Vespasiano. O jovem disse que só tinha R$ 80 e o golpista informou que não havia problema, que ele poderia completar os R$ 20 na consulta e depois o valor seria restituído pela contratante. Izaías acabou preso em flagrante no local.
Durante a apresentação nesta manhã, José Izaías assumiu o crime, disse que é dependente químico e aplicou os golpes para sustentar o vídcio. Disse, ainda, que acha que tomava quantias irrisórias das vítimas. De acordo com a delegada de Vespasiano, José Izaías já tem passagens por tráfico de drogas, roubo, e agora estelionato.