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Estado de Minas

Aumento no número de picadas de escorpião deixa autoridades em alerta

Hospital João XXIII atendeu 368 casos nos últimos dois meses. Em Minas, foram registrados 2.543 notificações de moradores picados pelo aracnídeo. Duas morreram


postado em 01/03/2016 19:47 / atualizado em 01/03/2016 22:48

O aumento das chuvas favorecem para o aumento do número de casos(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
O aumento das chuvas favorecem para o aumento do número de casos (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

O número de atendimentos de pessoas picadas por escorpião aumentou nos primeiros dois meses deste ano no Hospital João XXIII. Somente nos últimos 60 dias, foram registrados 368 casos, considerado recorde pela unidade de saúde. Em Minas Gerais, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), foram registrados 2.543 notificações de moradores picados pelo aracnídeo. Duas pessoas morreram.

De acordo com o coordenador do Centro de Toxicologia de Belo Horizonte, Délio Campolina, as mudanças climáticas favorecem o aparecimento de escorpiões e, consequentemente, o aumento no número de ataques. “Existem alguns aspectos que contribuem (para o aumento). Um deles é a questão desordenada do clima. Nesses meses que chove muito, a água entra no esconderijo deles e os espanta. Eles saem e vão procurar abrigo em outro local. Essa movimentação aumenta o contato com as pessoas”, explicou o toxicologista.

O Hospital João XXIII é referência em atendimento em casos de picadas de escorpião. Nos últimos anos, os profissionais de saúde vêm notando um aumento no número de ataques. “Antes, havia uma nítida diminuição de casos entre final de abril até agosto. Mas agora está constante. Por exemplo, nesses meses havia de 50 a 60 atendimentos. Em 2015, foram acima de 100. Mas nunca atendemos tantos casos como neste ano”, comentou Campolina. Em janeiro, foram 182 casos e fevereiro, 186.

De acordo com a SES, em 2015 foram registrados 20.777 casos de picadas de escorpião, que resultaram em 36 mortes. Neste ano, já são 2543 ocorrências e duas mortes. “Os maiores cuidados devem ser tomados com crianças abaixo de 6 anos e idosos, pois são as maiores vítimas. Infelizmente, continuamos tendo dezenas de óbitos todo ano”, diz o toxicologista.

Na última semana, a manicure Cláudia Gonçalves Ruas encontrou 60 escorpiões no quintal de sua casa, no Bairro Eldorado, em Montes Claros, no Norte de Minas, em um único dia. Ela recebeu uma equipe do Centro do Controle de Zoonoses (CCZ) do município para fazer uma dedetização no domicílio, com o objetivo de tentar pôr fim ao  criadouro dos animais peçonhentos.

Cuidados para evitar o aparecimento de escorpiões

- Use telas ou manter fechados os ralos de pias, tanques e banheiros;

- Proteja soleiras das portas com borrachas ou sacos de areia;

- Elimine frestas nas paredes, muros, pisos, tetos, janelas e portas;

- Vistorie quintais com material de construção;

- Agite sapatos, roupas e panos úmidos antes de usar;

- Elimine baratas, alimento preferido do escorpião;

- Mantenha limpas e vedadas as caixas de gordura, esgoto, de redes elétrica e telefônica;

- Não elimine lagartixas, elas são predadoras naturais do escorpião;

- Não acumule lixo e entulho;

- Conserve camas e berços afastados, no mínimo, dez centímetros da parede e evite que lençóis toquem o chão.

Atenção: Se encontrar um escorpião, não tente, de forma alguma, pegá-lo com as mãos e nem pisar nele. A forma mais segura é capturar o animal com um pote. Em seguida, entre em contato com o Controle de Zoonoses de sua regional, por meio do SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão) pelo telefone 156.

O que fazer em caso de acidentes com escorpiões

- Procure imediatamente o serviço de emergência do Hospital João XXIII (quanto mais rápido é iniciado o tratamento, menos sintomas vão aparecer e menor a chance de morte)

- Não use remédios caseiros e não se automedique;

- Capture o animal, vivo ou morto, com um pote, para que a espécie possa ser identificada. Dessa forma, será possível avaliar a gravidade do acidente e identificar o soro adequado para combater o veneno.


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