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Estado de Minas

Dois casos de furtos de apartamentos após escalada de prédios assustam Sion

A última vítima foi um executivo que mora no quarto andar de edifício da Rua Costa Rica. Economista que vive perto também teve o imóvel invadido há 30 dias. Moradores desconfiam que o ladrão seja o mesmo


postado em 17/02/2016 19:26 / atualizado em 17/02/2016 21:22

O diretor-executivo conta que seu apartamento, no quarto andar, estava trancado por dentro e com a janela da sala aberta(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
O diretor-executivo conta que seu apartamento, no quarto andar, estava trancado por dentro e com a janela da sala aberta (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Com o calor dos últimos dias, mesmo durante a noite, todo cuidado é pouco para quem dorme com a janela do apartamento aberta, independentemente do andar onde mora. Dois casos de roubos no Sion, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, assustaram moradores do bairro porque as invasões aos apartamentos ocorreram após escaladas nos prédios. A última vítima foi o diretor-executivo de uma empresa de produção de vídeos, Marcelo Passos, que mora no quarto andar de um edifício da Rua Costa Rica. Há três meses, o economista Wilton Valle, também morador do Sion, também  recebeu a visita do ladrão. Ele entrou pela janela da cozinha e levou mochila com notebook e outros equipamentos eletrônicos.

O apartamento de Marcelo foi invadido no último fim de semana. Ele, que mora sozinho, conta que estava dormindo. O ladrão entrou pela janela da sala, foi à copa, pegou a mochila de trabalho do diretor-executivo, voltou para a sala e trancou a porta de acesso às demais dependências do imóvel. “Foi na madrugada de sábado para domingo. O 'Homem-Aranha' escalou os quatro andares do meu prédio, no Sion, entrou na minha sala silenciosamente e surrupiou minha TV de 32 polegadas, meu laptop, um tablet e outros eletrônicos de pequeno porte. Levou meus instrumentos de trabalho e registros de minhas memórias profissional e afetiva, sem deixar qualquer vestígio de arrombamento ou coisa parecida, saindo tranquilamente pela porta da frente, que ele deixou encostada”, conta o diretor-executivo. O prédio dele não tem câmeras de vigilância.

“Fiz a ocorrência policial de praxe, em casa, diante de um policial militar”, relata Marcelo. No dia seguinte ao furto, quando acordou, ele conta que precisou sair pela porta da cozinha para ter acesso à sala, passando pelo corredor do prédio. O ladrão ainda pegou a carteira dele, retirou R$ 100 e a deixou com os documentos. “Há um Homem-Aranha do mal solto pela Zona Sul de Belo Horizonte. Tudo leva a crer que seja um jovem delgado, de pernas ágeis e impulsão alada”, comentou Marcelo em sua página na rede social, ao falar do “ladrão sorrateiro de apartamentos”.

Para Marcelo, a impressão que fica é que todos são reféns de uma situação que já se se incorporou à rotina da cidade grande. “Mais cedo ou mais tarde, eu, você, o vizinho, o parente ou o amigo seremos atacados. E se algo pior não acontecer, vai ficar por isso mesmo. A sensação de impotência é terrível e parece que atinge até mesmo aqueles que deveriam combater a impunidade”, desabafa Marcelo. Para ele, a ousadia do ladrão é tanta que parece desafiar a polícia. Ele suspeita, inclusive, que se trata de uma quadrilha.

MEDO O diretor-executivo postou seu desabafo numa rede social e causou revolta e medo em muita gente. “Também moro no Sion, na Patagônia. Será que pelo menos no 17º andar estou livre desse misto de aracnídeo com bandido?”, comentou Luca Mendes. “Durante o carnaval, ocorreu tal e qual com uma amiga no Bairro Serra”, postou Luciana Gontijo. “Este Homem-Aranha já esteve no meu apartamento, no terceiro andar, há uns dez anos. Será que é o mesmo ou é a segunda geração?”, escreveu Márcia Toledo.

Eliane Cecília Machado fez um alerta para quem dorme com janelas abertas neste período de calor, mesmo morando em prédios. “Não estamos mais seguros mesmo. Com um calorão destes ninguém dorme de janela fechada. E ninguém também espera que um gatuno escale paredes para te roubar”, disse Eliane, acrescentando que antes morava em casa que foi assaltada três vezes. Agora também não se sente segura em apartamento.

A Polícia Militar informou que atua na subárea do Sionpor meio da 127ª Companhia do 22º Batalhão e que tem redes de vizinhos protegidos, além de viaturas que fazem a patrulha do bairro. "A Polícia Militar tem intensificado o policiamento na região", informou a corporação. A PM orienta a população a acioná-la pelo telefone 190 quando perceber pessoas em atitudes suspeitas para que possa fazer as devidas prisões em flagrante.

 

 


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