
A dona do apartamento invadido, a aposentada Márcia Bastos, de 68 anos, disse ter enfrentado momentos de muita tensão. “O despertador do meu filho tocou, o ladão se assustou e fugiu. É uma sensação terrível, você saber que um criminoso entrou na sua casa enquanto você estava dormindo. A gente pensa que pode acabar sendo vítima de violência também. Quando entendi tudo, fiquei com as pernas bambas, sentei e chorei”, conta. A mulher, que mora no primeiro andar, havia colocado um cadeado na janela que dá para a rua, mas o arrombador estourou a tranca. “É o quarto roubo aqui no prédio. Na região toda a gente tem notícia de vizinhos que foram vítimas também. Não estamos tendo segurança, não adianta cadeado, grade, arame farpado ou câmera. A polícia mesmo levou duas horas para me atender”, afirma.
Desde o início do ano passado, moradores do Anchieta têm relatado arrombamentos e furtos praticados por ladrões que escalam as fachadas dos edifícios e por esse motivo ficaram conhecidos como “homens-aranha”. Em fevereiro, uma moradora de 70 anos de um apartamento na Rua Penafiel, que preferiu não se identificar, chegou a ver um ladrão subindo pela janela do seu apartamento para invadir o andar do vizinho de cima. “Achei até que era alguém limpando o vidro do apartamento. Quando me viu, saiu correndo e pulou o portão do prédio”, disse.
