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Estado de Minas

Show sertanejo leva solidariedade para atingidos por lama da Samarco


postado em 16/12/2015 06:00 / atualizado em 16/12/2015 07:45

Zezinho do Bento (centro) durante o show:
Zezinho do Bento (centro) durante o show: "No Natal, fazíamos muita festa no Bento, com cantoria", lembrou o líder comunitário (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
Mariana – Um pouco de música para alegrar as famílias atingidas pelo rompimento da Barragem do Fundão, da mineradora Samarco, em Mariana, na Região Central, em 5 de novembro. Na manhã e tarde de ontem, artistas sertanejos se apresentaram na Arena Mariana, que foi palco, além do show musical, de almoço de confraternização, com alimentos doados; brincadeiras para a criançada, com cama elástica, escorregador e maquiagem divertida e clima pré-natalino. A iniciativa foi de produtores musicais dessa cidade e de Belo Horizonte.

Pelo palco, passaram os artistas Gino e Geno, Don e Juan, João Lucas e Diogo, Léo Nascimento, Marcelo Silva e Ryan, Trio do Brasil, Fred e Liel, Ronaldo e Rafael, Henrique e Léo, João Lucas e Diogo, Tuta Guedes e outros. Os artistas se apresentaram sem cobrar cachê. Segundos os organizadores, cerca de 900 pessoas das comunidades de Bento Rodrigues, o subdistrito mais atingido, de Paracatu e outros passaram pela Arena Mariana.

O presidente da Associação dos Moradores de Bento Rodrigues, José do Nascimento de Jesus, conhecido como Zezinho do Bento, gostou da iniciativa. “Todo mundo que viveu essa situação ainda está muito triste. Imaginem que, no Natal, fazíamos muita festa no Bento, com cantoria, e cada um visitando a casa do outro. Agora, nem todos estão com a sua casa, mas temos esperança de que vai dar tudo certo”, afirmou.

Confiante, Zezinho disse que acreditar que a comunidade vai “ter o Bento de volta”. “E ‘eles’ lá que se virem”, completou, numa referência à mineradora Samarco. “Queremos que o Bento seja reconstruído, em outro local, mas do jeito que era, com a escola, vizinhos um do lado do outro, enfim, com as mesmas características”, afirmou.

O público gostou do evento. “É um momento de alegria, mas que serve apenas para abafar o sofrimento das famílias. Jamais vamos esquecer tudo o que aconteceu”, disse o estudante Deivid Marcelino, de 16 anos. Ao lado, o primo Leandro Marcelino, mecânico, de 21, concordou, certo de que é uma dor que não passa.

Acompanhada do filho Daniel, de dois anos, a dona de casa Deise Kelly Alves de Oliveira, mãe também de Laura, de sete anos, ex-moradora de Bento Rodrigues, contou que o show representava um pouco de distração. Para Clarice de Cássia Ávila, de 20, estudante do ensino médico, residente em Paracatu, foram horas de alegria.


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