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Estado de Minas PROVAS DE FÉ

Fiéis agradecem a Nossa Senhora Aparecida as graças alcançadas

Peregrinos de várias regiões do Brasil se reúnem no Santuário de Nossa Senhora Aparecida para agradecer e pedir a interseção da Mãe de Deus. Festa dos 300 anos contará com a presença do papa Francisco


postado em 12/10/2015 12:00 / atualizado em 12/10/2015 13:56

Matilde Miranda atribui a cura da filha à luz da padroeira do Brasil(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Matilde Miranda atribui a cura da filha à luz da padroeira do Brasil (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

Impossível não sentir uma forte energia em Aparecida (SP), que já ostenta, em todo canto, cartazes com a frase “Rumo aos 300 anos”, festa que deverá contar com a presença do papa Francisco. “A gente ganha o pão de cada dia com a visita desse povo de Deus”, agradece a ambulante Benedita dos Santos, há uma década vendendo lembranças do santuário. De onde está, ela observa dezenas de ônibus estacionados, famílias inteiras se dirigindo ao santuário, com semblante de nítida reflexão. Leonilda Morais Dias, de 65 anos, residente em Jacareí (SP), conta que deve muito às preces de sua mãe elevadas a Nossa Senhora da Conceição Aparecida. “Até os 7 anos de idade, eu não falava uma palavra. Só depois de uma promessa feita por minha mãe comecei a conversar. Meu irmão, já falecido, engoliu uma tampa de embalagem e também ficou bom a partir das orações. Em todos os momentos recorremos a Nossa Senhora”, confessa.

Com o retrato da neta Julia, de 3 anos, a carioca Leila Amorim acendeu velas e rezou para o sucesso da cirurgia que a garota fará em breve, provando mais uma vez que amor de avó e de mãe não tem limites. Perto dali, Matilde Rodrigues Miranda, de Cuiabá (MT), acedia velas e agradecia a Deus e a Nossa Senhora Aparecida pela cura da filha, Míriam, vítima de câncer de mama. Já o empresário paulista Alex Sander Silva Campodonio foi apenas rezar e agradecer pelas bênçãos alcançadas.

Os fiéis explicam ser preciso ter fé verdadeira no coração para alcançar as graças. Auditor de qualidade de uma empresa em São Paulo, Rosivan Donizeti de Abreu, acompanhado da mulher, Francine, e do filho Henry, de 5 anos, atravessou de joelhos a passarela diante da imagem da padroeira. “Foi por graça de Nossa Senhora que resolvi algumas questões no trabalho. Agora está tudo bem”, revelou, com emoção. Moradores de Uberaba, no Triângulo Mineiro, André Luiz Aquino de Castro e Ariana Pires Bernardes, com o filho Miguel, de 10 meses, faziam suas preces na Capela das Velas, para agradecer pela cura do menino. “Ele teve um refluxo muito forte, nenhum remédio dava jeito. Quando medicamentos não resolvem, só mesmo a fé”, afirmou Ariana.


TRÊS PERGUNTAS PARA...

Dom Darci José Nicioli, bispo auxiliar de Aparecida (SP) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB

Muitas pessoas consideram milagres as graças alcançadas. Como a Igreja Católica vê esses relatos?

Milagres ocorrem quando nós nos obrigamos a fazer a vontade de Deus, e não quando queremos que Deus faça a nossa vontade. Eles existem pela fé, que é a posse antecipada daquilo que se espera, um meio de contato com a realidade que ainda não se vê. Milagre é a intervenção divina e Deus realiza quando e como Ele quer.

As pessoas fazem promessas e, muitas vezes, pagam com sacrifício. A Igreja condena as promessas?

Deus não quer sacrifício, mas um coração contrito que se curva à Sua vontade. As pessoas fazem promessas como forma de retribuição a Deus, o que é motivador. Mas quando ultrapassam o limite do razoável, do bom-senso, algo que não se pode cumprir e envolve muito esforço, então é ruim. Jejum de um dia para o corpo e o espírito é positivo, é um símbolo de “eu confio no meu Deus”. O que não pode haver é falta de bom-senso. Fé não é mágica.

Muitas pessoas se dizem recuperadas, de corpo e alma, depois da visita ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. Qual o sentido dessa peregrinação?

O milagre de Aparecida é a renovação da esperança. Há pessoas que chegam aqui doídas, sofridas e quando vão embora para casa estão mais fortes, renovaram seus projetos de vida e se mostram entusiasmadas para trabalhar. Não é simplesmente vindo a Aparecida que as pessoas vão conseguir pagar as contas, recuperar a saúde, enfim, resolver todos os problemas. Mas quem visita o santuário refaz seus pensamentos e começa uma caminhada de reconciliação.


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