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Estado de Minas

Uber defende regulamentação nacional

Argumentos são que sistema já funciona em 50 jurisdições dos Estados Unidos, além de Índia, Filipinas e México e contribui para a mobilidade urbana


postado em 26/09/2015 06:00 / atualizado em 26/09/2015 12:46

Debate realizado pela Associação Brasileira de Cidadania pela Democracia discute regulamentação da Uber (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Debate realizado pela Associação Brasileira de Cidadania pela Democracia discute regulamentação da Uber (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

A representante de relações governamentais da Uber, empresa que gerencia o aplicativo de transporte, Andrea Leal, defendeu nesta sexta-feira, em debate realizado pela Associação Brasileira de Cidadania pela Democracia (ABCD), a regulamentação do serviço para que ele possa atuar em todo o Brasil. Segundo ela, o sistema já funciona em 50 jurisdições dos Estados Unidos e também na Índia, Filipinas e México. “É necessário instaurar critérios mínimos para que o serviço possa funcionar”, defendeu Andrea, que participou da discussão por meio de videoconferência. Para ela, não há nenhum empecilho para que os próprios taxistas migrem para a plataforma Uber, deixando de ser taxistas e se tornando parceiros do sistema. A representante da empresa defendeu ainda que o Uber tem ajudado a melhorar a mobilidade urbana e o trânsito, favorecendo também os taxistas.

O presidente do Sindicato Intermunicipal dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários (Sincavir), Ricardo Faedda, disse que o aplicativo não tem nada de novo e que ferramentas tecnológicas já são usadas há mais de 12 anos pelas cooperativas e há três pelas empresas de aplicativos para chamar táxis. Para ele, a concorrência com o Uber é predatória, pois os taxistas são sujeitos a rigorosas regras e fiscalização, e os motoristas que usam o aplicativo não. Segundo ele, os taxistas são favoráveis a esse tipo de instrumento desde que trabalhe com táxis. Ele ainda lembrou que os motoristas do Uber podem rodar no horário e no dia que acharem melhor e que o aplicativo cobra mais nos horários de maior demanda. Para ele, o Uber vai trazer desequilíbrio para o sistema. “Logo ele estará sucateado”, afirma. O advogado do Sincavir, Fernando Caetano, por sua vez, afirmou que o Uber é ilegal e que as pessoas que forem flagradas transportando passageiros podem ser indiciadas, mas admitiu que a discussão vai acabar sendo decidida pela Justiça.

Mediador da discussão, o advogado e presidente da ABCD, João Batista de Carvalho, disse que a intenção da entidade é debater, de maneira democrática e apartidária, questões que mobilizam a sociedade. “E o Uber é um desses assuntos.”


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