Vanios de Campos, delegado da Delegacia Adida ao Juizado Criminal Especial Criminal (Deajec) foi morto com quatro tiros – cabeça, peito e perna –, disparados da própria arma, durante desentendimento com dois menores, de 16 e 17 anos, na madrugada de sábado, numa loja de conveniência de um posto de combustível da Avenida Prudente de Morais.
Os adolescentes apontados da autoria do homicídio são moradores do aglomerado Morro do Querosene e foram vistos fugindo após o crime, sentido a Barragem Santa Lúcia, levando a arma do policial.
Investigadores do DHPP conseguiram levantar a identificação dos menores, conhecidos pelos apelidos de Bubu e Talibam, pouco tempo depois de um deles atirar na vítima. Os policiais conversaram com as testemunhas e analisaram as imagens das câmeras de videomonitoramento, que captaram o início da confusão e parte da briga entre o delegado e os dois menores.
A dupla, segundo a Polícia Civil, já tinha passagem pelo Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato infracional de Belo Horizonte (Cia-BH) por uso e tráfico de drogas. No momento da discussão entre eles e o delegado, testemunhas ouviram um dos menores dizer que o que o policial ganhava em um mês ele ganhava em uma semana como traficante. O bate-boca teria sido iniciado depois de o delegado abordar os menores, que foram à loja comprar cerveja, por desconfiar que eles tinham a intenção de assaltar.
Já do lado de fora da loja de conveniência as imagens das câmeras de segurança mostram Campos agarrar os braços do jovem de 17 anos e o outro menor dar um chute nas costas do delegado. O momento seguinte, que não foi registrado, um dos autores pega a arma do policial que caiu do bolso de sua calça e atira. A vítima chegou a ser socorrida pela Polícia Militar, mas morreu ao dar entrada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS).
O corpo do delegado foi enterrado no domingo, no Cemitério Bosque da Esperança. Quase mil pessoas estiveram no velório para prestar as últimas homenagens ao delegado.
A Polícia Civil confirmou que equipes da DHPP estão nas ruas levantando informações que ajudem a localizar os dois menores. O chefe da corporação, delegado Wanderson Gomes da Silva, e o chefe do departamento, informaram que os investigadores e delegados estão empenhado para localizar e apreender os menores e apresentá-los à Justiça. Na tentativa de impedir que eles saiam de BH, foram feitos comunicados as delegacias dos municípios limítrofes.
