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Estado de Minas

Julgamento de mulher que matou e escondeu corpo do filho em sofá entra na fase dos debates

A promotoria iniciou, por volta das 18h, as explanações. Foram ouvidas oito testemunhas e a ré. O teor dos depoimentos não foi divulgado


postado em 09/09/2015 18:39 / atualizado em 09/09/2015 18:48

Marília Cristiane Gomes, de 20 anos, prestou depoimento durante o julgamento(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press - 29/07/2014/Reprodução/TV Alterosa)
Marília Cristiane Gomes, de 20 anos, prestou depoimento durante o julgamento (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press - 29/07/2014/Reprodução/TV Alterosa)

O julgamento de Marília Cristiane Gomes, de 20 anos, acusada de matar o filho Keven Gomes, de 2 anos, e esconder o corpo no sofá em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, segue na noite desta quarta-feira. A promotoria iniciou, por volta das 18h, a fase de debates. Em seguida, será a vez dos advogados de defesa fazerem a explanação. A expectativa é que o júri termine às 21h, caso não tenham réplica e tréplica. Se acontecer, a sentença só deverá ser divulgada por volta 0h de quinta-feira.

O júri começou por volta das 8h30. A ré chegou escoltada por agentes do sistema prisional. Ela está presa no Complexo Penitenciário Feminino Estêvão Pinto, no Bairro Horto, na Região Leste de . Foram arroladas 11 testemunhas, no entanto, apenas oito permaneceram, pois, uma delas não foi localizada e outras duas foram dispensadas pela promotoria. O conselho de sentença é formado por cinco homens e duas mulheres.

Durante a manhã, quatro testemunhas foram ouvidas e outras quatro à tarde. Em seguida, Marília prestou depoimento. O teor não foi repassado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Por volta das 18h, começaram os debates, que devem durar no mínimo três horas.

O assassinato

O crime aconteceu em julho de 2014. Keven morava com os pais Marília e Cláudio Ribeiro Sobral, de 31 anos, em Ibirité, em um terreno com outras duas casas de aluguel, sendo uma delas de um casal de tios da criança. O menino estava desaparecido desde 24 de julho do ano passado, conforme um boletim de ocorrência registrado pela própria mãe.

No dia 27, o corpo de Keven foi encontrado dentro de um sofá da casa dos tios, que haviam acabado de chegar de viagem. Ele tinha apenas sangue no nariz e estava em estado de decomposição. Uma poça de sangue também foi vista debaixo do sofá.

Na manhã do dia seguinte, Marília prestou depoimento à Polícia Civil, mas acabou sendo chamada novamente para prestar esclarecimentos por causa de contradições em suas versões. Da segunda vez, ela acabou confessando o crime e foi presa em flagrante.

A mulher disse que o menino estava dormindo e quando se levantou mexeu no celular dela. O aparelho caiu e o garoto deu um tapa na mão da mãe, que foi pegar o telefone. Marília disse que perdeu a cabeça, pegou as duas mãos da criança e a arremessou com força na cama do casal. O menino bateu a cabeça na parede e desmaiou.

Durante o depoimento, a mulher contou que o garoto começou a mudar de cor e notou uma espuma branca na boca dele. Como ficou com medo de ser linchada e presa, não contou para ninguém sobre o caso. Para tentar se livrar da criança, pegou-a no colo e a levou até a casa vizinha, que pertence aos cunhados. Lá, pegou um lençol, enrolou o corpo e tirou o forro do sofá. Depois de colocar o menino na madeira, voltou a colar o forro do móvel.


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