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Estado de Minas

Polícia procura bebê de casal que matou menina de dois anos em Juiz de Fora

Mulher presa no velório da filha disse que teve outro bebê há cerca de dois meses e que a criança está desaparecida. Menina que morreu era cuidada pelo tio, que foi forçado a entregá-la para a mãe


postado em 08/05/2015 18:04 / atualizado em 08/05/2015 18:33

Leonardo Tomóteo, de 28 anos e Franciele da Silva Gabriel, de 25 anos são acusados de matar a menina de dois anos durante uma discussão(foto: Montagem/Reprodução TV Alterosa)
Leonardo Tomóteo, de 28 anos e Franciele da Silva Gabriel, de 25 anos são acusados de matar a menina de dois anos durante uma discussão (foto: Montagem/Reprodução TV Alterosa)

A mãe da menina de dois anos que foi espancada até a morte em Juiz de Fora, na Zona da Mata, disse à polícia que teve um outro bebê há cerca de dois meses e que a criança está desaparecida. Em depoimento ao delegado Rodrigo Rolli, da Delegacia de Homicídios, Franciele da Silva Gabriel, de 25 anos, disse que entrou em coma após o parto e que não sabe do paradeiro do filho. A criança teria ficado sobre os cuidados do pai, Leonardo Tomóteo, de 28 anos, preso por espancar a enteada até a morte na noite de quarta-feira. O casal está preso.

Os investigadores procuram registros da entrada da mulher nos hospitais da cidade nos últimos dois meses. Cartórios do município na Zona da Mata também estão sendo consultados para verificar se há algum registro em nome do casal.

Os dois foram detido durante o velório da menina, na madrugada desta quinta-feira. Na delegacia, o homem confessou que espancou a vítima até a morte. De acordo com o delegado, o casal brigava na noite do crime. Durante a discussão, o padrasto se virou para a criança e começou a agredi-la. A menina morreu com chutes na cabeça. "Esse é o caso mais chocante que já vi em 19 anos como delegado, e em oito meses à frente da Delegacia de Homicídios. Foi uma verdadeira barbárie", diz o delegado Rodrigo Rolli.

A prisão da mulher chegou a ser questionada, enquanto se apurava a participação dela no crime. Ela chegou a dizer que viu a filha ser morta, mas não a protegeu por medo do companheiro. Segundo o delegado, os depoimentos dos familiares foram determinantes para a prisão da mãe. A menina era cuidada pelos tios maternos e voltou aos cuidados da mãe no dia 12 de abril. O tio contou à polícia que Franciele exigiu cuidar da filha e ele não teve como negar, já que não tinha autorização judicial para ficar com a menina. De acordo com o delegado, o homem chorou muito durante os depoimentos e disse ter "entregado a sobrinha para a morte".

Segundo a Polícia Civil, a mulher também entrou em contradição com o companheiro, o que contribuiu para que a prisão preventiva dela fosse decretada. O delegado conta ainda que logo depois da morte da menina, o casal a levou até o hospital e ainda tentou criar uma situação, alegando que a criança só morreu por demora no atendimento devido à troca de turnos no plantão médico.

Após a constatação da morte, a primeira versão do casal foi de que a criança caiu da cama. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal, onde a médica chamou os familiares e informou que não se tratava de morte acidental. Lego depois, a mãe e o padrasto criaram outra história, dizendo que ela havia caído durante o banho, mas a gravidade das lesões desmentiram a versão.

Familiares contaram que o casal se apresentava frio, sem qualquer tipo de comoção, durante o velório da criança. Após serem detidos, os dois confessaram à polícia que só estavam esperando o enterro da menina para viajar para o Rio de Janeiro.

A polícia irá pedir um exame de sanidade mental do casal. O delegado ainda irá ouvir o pai da criança, que, segundo a família, também era omisso em relação à filha. A polícia espera que o inquérito seja concluído até a próxima quinta-feira.

A mulher foi encaminhada para a penitenciária feminina Ariosvaldo Campos Pires, em Juiz de Fora. O companheiro dela está preso no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), também na cidade na Zona da Mata. Eles serão indiciados por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e crueldade.


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