Servidores da Guarda Municipal decidiram cruzar os braços na manhã desta terça-feira. O grupo se reuniu em assembleia na Praça da Estação e votaram a favor da greve. Depois do encontro, a categoria fez uma passeata, o que complicou o trânsito na região. Outra manifestação foi marcada para a manhã desta quarta-feira no Centro de Belo Horizonte. Na quinta-feira, um novo encontro deve ser realizado na frente da sede da prefeitura, na Avenida Afonso Pena.
A principal reivindicação da categoria é em relação ao armamento para os guardas. “A guarda tem o mesmo papel da Polícia Militar, só que a prefeitura fez um compromisso para armar grande parte da guarda e até agora não temos nenhuma definição. Então, decretamos uma greve de advertência”, explica Israel Arimar, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel).
A discussão para armar a guarda municipal de Belo Horizonte já é antiga. Em janeiro deste ano, a conversa voltou à tona depois que uma servidora foi atingida por uma bala de borracha durante uma confusão entre guardas e a PM no Centro. Na ocasião, a prefeitura informou que negociava com a PM a realização de treinamento para porte de arma aos guardas.
Com a paralisação, alguns serviços podem ser prejudicados. “Hoje, tivemos a presença do pessoal da ronda, guardas de centros de saúde, de Umeis e de praças. Estamos com 30% da categoria paralisada. Amanhã, queremos elevar esse número”, afirma Arimar.
Nesta quarta-feira, a categoria vai se concentrar a partir das 6h30 em frente a sede da Guarda Municipal na Avenida dos Andradas. De lá, seguirão em passeata até a Rodoviária de Belo Horizonte. Na quinta-feira, será realizada uma assembleia às 9h em frente à prefeitura.
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Belo Horizonte informou que ainda não foi comunicada sobre o estado de greve dos servidores. Um posicionamento sobre o caso deve ser repassado pelo órgão ainda hoje.