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Estado de Minas

Depredação e abandono do Cemitério do Bonfim serão debatidos em audiência pública

Ministério Público ajuizou ação pedindo preservação do patrimônio histórico e cultural. A Justiça mandou a prefeitura cuidar imediatamente da necrópole que está em péssimo estado de conservação


postado em 04/04/2015 14:52

(foto: Euler Junior/EM/D.A Press)
(foto: Euler Junior/EM/D.A Press)

A depredação e o abandono do Cemitério do Bonfim, na Região Noroeste de Belo Horizonte serão debatidos em audiência pública na próxima semana. Patrimônio afetivo, histórico e cultural de Belo Horizonte, a necrópole está em más condições de conservação conforme denunciou o Ministério Público em ação ajuizada contra a Prefeitura BH e a Fundação de Parques Municipais, responsável pela administração do local.

A Justiça acatou a denúncia e ordenou a preservação imediata do patrimônio. De acordo com a 3ª Câmara Cível do TJMG, a situação precária em que se encontra o cemitério foi devidamente comprovada nos autos por meio de registros fotográficos, depoimentos de agentes da Guarda Municipal e de funcionários do cemitério, além de diligências realizadas pela Polícia Militar a pedido do Ministério Público.

O cemitério é atração turística devido aos mausoléus e esculturas imponentes nos túmulos construídos com mármore, bronze ou granito. Ele tem cerca de 17 mil túmulos divididos em 54 quadras e sofre com depredação, roubo de peças e sujeira. Em meio à mudança na empresa terceirizada que faz a manutenção, as más condições levaram o Ministério Público se manifestar.

(foto: Euler Junior/EM/D.A Press)
(foto: Euler Junior/EM/D.A Press)
O mato tomou conta do ambiente, o que dificulta o acesso dos visitantes aos túmulos. O lixo atrai baratas e outros insetos. O cemitério apresenta, ainda, iluminação ruim e furto frequente de peças em mármore e bronze. Segundo o MP, muitas pessoas entram durante o dia no cemitério, bambeiam os parafusos das peças e voltam à noite para levá-las. Assim, cerca de 500 peças que foram retiradas estão entulhadas em um quarto na sede administrativa. Segundo a promotoria, crucifixos e esculturas roubadas são vendidas no mercado paralelo a preços elevados.

A audiência na Câmara Municipal será realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor. Foram convidados para a reunião representantes da Secretaria Municipal de Governo, Fundação de Parques Municipais e Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais.


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