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Estado de Minas

Alunos e professores planejam protesto contra corte na UFMG


postado em 12/03/2015 06:00 / atualizado em 12/03/2015 07:24

Landercy Hemerson


Alunos, professores e funcionários da Univeridade Federal de Minas Gerais (UFMG) farão um manifesto na segunda-feira em frente à reitoria, no câmpus Pampulha, contra o corte de R$ 30 milhões no orçamento da instituição. Em decorrência da redução de verba da União, funcionários terceirizados que atuavam na segurança, limpeza e manutenção foram demitidos, além do não pagamento de contas de água e luz. Cristina del Papa, coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores de Instituições Federais (Sindifes), explica que a iniciativa da manifestação foi dos estudantes, mas que terá participação dos educadores, diante da crise financeira imposta pelo corte. “Criou-se uma situação de caos, com prejuízo para toda a comunidade universitária”.

Cristina lembra que, além de afetar a educação, a redução de verba atinge a saúde. “O Sindifes no começo do ano denunciou a falta de materiais, insumos e medicamentos no Hospital das Clínicas (HC). Houve redução de internações e atendimentos, suspensão de cirurgias, por não haver condições de trabalho. O corte orçamentário então causou a demissão de pessoal manutenção, limpeza, portaria e agora da vigilância. No câmpus da Pampulha, circulam 50 mil pessoas por dia, é uma cidade dentro de BH. A série de contenções na vigilância, um setor crucial para proteção das pessoas e patrimônio, prejudica toda unidade da UFMG”, denunciou.

Para a coordenadora, a possibilidade de que não ocorra corte no orçamento deste ano traz alento. “Em reunião de reitores de universidades federais hoje (ontem) com deputados federais em Brasília, o Ministério da Educação confirmou a liberação de 1/12 dos recursos destinados às instituições federais a partir de março. Isso faz crer que, pelo menos em 2015, não haverá redução orçamentária”, comemorou Cristina. Porém, o MEC informou que não há como prever como ficará o orçamento, até sua aprovação. Com relação à liberação de 1/12 da verba, o órgão explicou que trata-se de uma medida para permitir às instituições, que têm autonomia para gerir seus recursos, normalizarem seus calendários de pagamento do custeio e investimentos. Ontem pela manhã, 200 parlamentares de todos os partidos aderiram à Frente Parlamentar Mista pela Valorização das Universidades Federais, campanha relançada em Brasília pela Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

 Apesar de a situação na Pampulha ainda parecer dentro da normalidade, funcionários dos setores afetados já denunciam sobrecarga de trabalho e falta de pessoal em serviços importantes para as atividades pedagógicas.


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