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Estado de Minas

Unidades da UFMG fora do câmpus da Pampulha também sofrem com falta de verba

Governo federal corta 33% do orçamento mensal. Sem dinheiro, universidade deixa de pagar contas de água e luz e demite terceirizados


postado em 07/03/2015 06:00 / atualizado em 07/03/2015 07:18

Faculdade de Arquitetura: nenhum vigilante e apenas um porteiro(foto: Fotos: Marcos Vieira/EM/D.A PRESS)
Faculdade de Arquitetura: nenhum vigilante e apenas um porteiro (foto: Fotos: Marcos Vieira/EM/D.A PRESS)

Unidades da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) fora do câmpus Pampulha também já sentem os reflexos da crise econômica da instituição, que sofreu corte de R$ 30 milhões no orçamento do ano passado. Ontem à noite, na portaria da Escola de Arquitetura, na Rua Paraíba, no Bairro Funcionários, Centro-Sul de BH, era possível ver as consequências da falta de dinheiro. No local estava trabalhando apenas um porteiro de uma empresa terceirizada, quando o normal seriam pelo menos dois, e não havia nenhum vigilante. Na Faculdade de Direito, na Avenida João Pinheiro, no Centro, para minimizar a redução de terceirizados, um dos dois servidores da Divisão de Segurança Universitária estava na portaria da entidade, que agora conta com apenas um prestador de serviço no setor à noite.

Na entrada do prédio da Arquitetura, a cadeira agora fica recuada debaixo da mesa, por falta de funcionário. Na tela do computador, imagens das câmeras de segurança, que não são vistas por ninguém. “Fui assaltada à tarde no ano passado saindo da escola. Se a situação já era complicada, com redução de pessoal, ficará mais. Depois de muitas ocorrências de ataques a alunos, a direção se convenceu de que seria ideal ter pelo menos dois porteiros. Houve um retrocesso”, desabafa a estudante Gabriela Alcântara, de 21 anos, do 7º período. Segundo ela, os alunos precisam de notebooks de boa qualidade para acompanhar as aulas, mas viram alvo de criminosos.

Estudante de direito, Patrícia Moinhos diz que serviços essenciais estão prejudicados(foto: Fotos: Marcos Vieira/EM/D.A PRESS)
Estudante de direito, Patrícia Moinhos diz que serviços essenciais estão prejudicados (foto: Fotos: Marcos Vieira/EM/D.A PRESS)

Aluna do 4º período de direito, Patrícia Moinhos lamenta o corte já na primeira semana de aula? “Muito ruim o governo federal não repassar verba, prejudicando a prestação de serviços essenciais como segurança e limpeza. Educação é prioridade. Não dá para abrir mão.” A crise econômica não se limita somente à redução de funcionários terceirizados. O corte resultou também na suspensão do pagamento de contas de água e luz.

Funcionários dos setores afetados já denunciam sobrecarga de trabalho e falta de pessoal em serviços importantes para as atividades pedagógicas. Fontes ligadas aos trabalhadores afirmam que, dos 120 seguranças, 40 já foram dispensados e 20 cumprem aviso prévio. Na limpeza, as referências são de pelo menos 200 cortes, e mais 100 devem ocorrer nos próximos dias.

 

 


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