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Estado de Minas

Falta de energia inviabiliza poços artesianos na Região Metropolitana de BH

Problema foi discutido durante encontro para tratar o plano de redução de consumo de água em 30%


postado em 27/01/2015 06:00 / atualizado em 27/01/2015 07:44

O prefeito Carlos Murta e o secretário Murilo Valadares cobram mais integração entre Copasa e Cemig(foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A PRESS )
O prefeito Carlos Murta e o secretário Murilo Valadares cobram mais integração entre Copasa e Cemig (foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A PRESS )

A demora na instalação de energia elétrica agrava a situação de municípios na Região Metropolitana de Belo Horizonte que sofrem os efeitos da seca prolongada. A queixa foi apresentada durante encontro, na tarde dessa segunda-feira, entre 34 prefeitos e o governador Fernando Pimentel (PT) para tratar do plano de redução do consumo de água em 30%, a fim de evitar racionamento nos próximos três meses. O secretário de estado de Transportes e Obras Públicas, Murilo Valadares, atribuiu o problema à falta de integração entre a Cemig e a Copasa. “Muitas vezes, o prefeito do interior tem poço artesiano, mas não é ligado”, disse.

O secretário admitiu ainda que Esmeraldas tem a pior situação de abastecimento na região metropolitana. “A cidade tem poço artesiano que não capta devido à falta de integração. Tem poço artesiano que está cheio de água sem captar, porque a Cemig leva seis meses para colocar um poste”, afirmou.

Segundo ele, o governo discute ações para viabilizar a integração entre as duas empresas. O prefeito de Vespasiano Carlos Murta, que foi o porta-voz do grupo, afirmou que essa foi um dos pontos apresentados no encontro. “A queixa maior é a Cemig, porque, às vezes, não há essa parceria com a Copasa. Há poços artesianos que estão desativados por falta de energia. A Cemig demanda um ano, dois anos para atender um chamamento”, criticou Murta.

A falta de abastecimento e a inexistência de tratamento de esgoto em Rio Manso também foram discutidas no encontro. O município, onde fica o maior reservatórios de onde é captada a água para a capital e região metropolitana, sofre com problemas de abastecimento. De acordo com a prefeita Neide de Moraes Melo Lucena, os moradores de povoados recolhem a água diretamente do afluente. “A represa manda água e nós ficamos sem. De três povoados, dois pegam água no rio para sobreviver. Não tem uma gota d’água”, disse. Devido à inexistência de uma rede de esgoto no município, a prefeita fez até uma ameaça. “Comentei com o ex-presidente da Copasa que vamos jogar o esgoto dentro do rio. Ninguém faz nada por nosso município. O governador já sabe de minha situação. Se eu não conseguir a rede de esgoto, vou [jogar]”, disse à imprensa. Quando questionada da possibilidade, a prefeita admitiu que era uma frase de efeito. Procuradas pela reportagem, a assessoria de imprensa da Copasa e Cemig não se pronunciaram sobre o assunto.

Obra só no fim do ano

Murilo Valadares disse que a prioridade para resolver o problema do abastecimento será a obra que permitirá o abastecimento do Rio Manso com água captada no Paraopeba. “Se conseguirmos agilidade, rapidez e competência, vamos criar condições para que em outubro e novembro, já possamos ter uma perspectiva de abastecimento do Rio Manso. Aí sim, teremos tranquilidade na região metropolitana”, comentou Valadares. Seriam transferidos 5 metros cúbicos por segundo.

O secretário afirmou ainda que não é possível que a obra fique pronta em um prazo menor devido ao processo de licenciamento ambiental e à desapropriação. Para agilizar, será feito um aditivo à parceria público-privada (PPP) que já existe. Segundo ele, um levantamento com investimentos para resolver os efeitos da crise no estado será apresentado à presidente Dilma Rousseff nas próximas semanas. (MMC)

 


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