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Estado de Minas

Suspeitos de ofensas racistas contra casal de Muriaé já têm passagens pela polícia

O delegado responsável pelo caso já identificou 50 perfis que cometeram o crime. Dentre elas, algumas pessoas, moradores de São Paulo, já foram presas anteriormente


postado em 09/09/2014 15:48

Ofensas foram feitas depois de uma foto postada pela jovem no Facebook(foto: Reprodução/Facebook)
Ofensas foram feitas depois de uma foto postada pela jovem no Facebook (foto: Reprodução/Facebook)

O delegado Eduardo Freitas da Silva, responsável pelo inquérito que investiga o caso da jovem negra Maria das Dores Martins, de 20 anos, que foi vítima de comentários racistas depois de postar uma foto no Facebook ao lado do namorado branco, vai a Belo Horizonte na próxima semana para trocar informações com agentes da Delegacia Especializada de Investigações de Crimes Cibernéticos. Aproximadamente 50 pessoas, com idades entre 15 e 20 anos, já foram identificadas como os autores da ofensa. Entre os internautas, há pessoas com passagens policiais.

Os primeiros levantamentos da delegacia de Muriaé já foram feitos para identificar os perfis. “Notamos que são pessoas jovens e que algumas já até cometeram outros ataques com o mesmo teor. Agora, vamos para BH tentar confirmar se o perfil se trata realmente da pessoa”, explicou o delegado Eduardo Silva.

A maioria dos internautas investigados são de São Paulo, apenas três seriam moradores de Minas. Em conversa com agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o delegado conseguiu confirmar que alguns envolvidos nas ofensas racistas, já foram presas anteriormente. “O Deic confirmou que algumas pessoas já foram identificadas por outros crimes. Não são muitos e não posso revelar por quais crimes foram detidos”, comentou Silva.

Ainda não há confirmação por qual crimes e quantas pessoas serão indiciadas. “Elas podem responder por formação de quadrilha, injúria racial, ou até mesmo o preconceito racial. Ainda vamos apurar a situação de cada pessoa”, disse o delegado que deve pedir a prisão temporária dos envolvidos ao fim das investigações.

Relembre o caso

O crime aconteceu em agosto. Logo depois da jovem postar a imagem nas redes sociais, começou a receber ofensas. Uma das mensagens questiona onde o adolescente teria “comprado a escrava”. Outra pergunta se ele é o dono da jovem. Há ainda um homem que diz parecer que os dois estão na senzala. A foto foi publicada em outro perfil, “Pretinho do poder”, no qual várias pessoas criticaram a discriminação.

Ao Estado de Minas, o casal mostrou que as ofensas não vão atrapalhar em nada o relacionamento. A jovem contou que foi a primeira vez que foi vítima de racismo, mas que não vai se abater por causa disso.


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