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Estado de Minas

Após impasse, Conferência Municipal de Política Urbana é retomada na capital

A liminar do juiz da 2ª Vara de Fazenda Pública Municipal que suspendia a 4ª Conferência Municipal de Política Urbana, foi cassada na noite desta sexta-feira


postado em 02/08/2014 11:33 / atualizado em 02/08/2014 12:49

Delegados dos setores técnico, empresarial e popular estão votando, neste sábado, cerca de 200 propostas dos eixos cultural e mobilidade que são os dois últimos que estão para ser debatidos na 4ª Conferência Municipal de Política Urbana, que acontece na Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte.

A liminar do juiz da 2ª Vara de Fazenda Pública Municipal que suspendia a conferência, foi cassada na noite desta sexta-feira. Depois do imbróglio para saber se haveria a votação que encerra o processo, que começou em fevereiro, a votação foi iniciada por volta das 9h, com cerca de 100 delegados.

A discussão era acalorada, principalmente em torno das propostas mais polêmicas dos dois eixos. Uma delas, do eixo cultural, refere-se ao Bairro Belvedere, onde a proposta da PBH prevê aumento da atividade econômica/comercial, em cruzamentos das principais ruas num bairro com características tipicamente residenciais.

Outra questão que está para ser votada é a criação da Área de Diretrizes Especiais (ADE) Contorno, que estingue as ADEs existentes, como Barro Preto e Savassi e as integra dentro dos limites da Avenida Do Contorno. “Essas áreas têm usos que estão sendo preservados dentro da ADE Contorno e essas diretrizes não mudam”, afirma o secretario de Planejamento Urbano, Leonardo Castro. Para a região da Pampulha também estão previstas mudanças. Parte do setor público a propostas de aumentar o perímetro da ADE Pampulha atingindo áreas dos bairros Braúnas e Trevo e terrenos lineares à Avenida Portugal. Com a alteração, essas áreas passam a ter limitações de construção de altimetria de até 9 metros de altura e taxa de hipermobilidade de 30%, por exemplo.

Para o delegado do setor popular da Regional Nordeste, Cassiano Nolasco, as propostas da conferência, de modo geral, são positivas para a cidade. “A conferência foi um processo abrangente que trará otimização da qualidade de vida em Belo Horizonte”. Ele aponta, no entanto, dois pontos negativos, que são o esvaziamento doe setor técnico durante as discussões e algumas defesa com visão limitada e de interesse pessoal quando a questão é coletiva.

No eixo mobilidade estão sendo votadas diretrizes que priorizam o transporte coletivo em detrimento dos deslocamentos com transporte individual. As propostas, no entanto, são mais conceituais.

A votação se encerra hoje por volta das 18h e mais de 200 propostas serão votadas. O resultado da votação irá subsidiar a elaboração de um projeto de lei que será remetido ao legislativo para análise e votação. A proposta deve chegar à Câmara Municipal no início do ano que vem e a expectativa do secretário Leonardo é que a lei seja aprovada no segundo semestre de 2015.

IMPASSE A informação sobre a cassação da liminar foi confirmada pela Prefeitura de Belo Horizonte na noite passada. A decisão do juiz Wilson Almeida Benevides para suspender a conferência partiu de um pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em ação civil pública contra a PBH. O órgão alegou que um inquérito apontou nulidades no processo de escolha dos representantes da sociedade civil para participar da conferência, que discute projetos urbanísticos para a cidade. Para o juiz, não foi respeitado o princípio da publicidade na eleição dos delegados, de modo a possibilitar a ampla participação da sociedade. Na tarde passada, o Executivo Municipal foi notificado e entrou com um recurso. O teor da decisão não foi divulgado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).


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