
A reportagem do EM acompanhou o trajeto entre a Savassi, o Centro e a Pampulha. A boa freqüência de saída dos ônibus expressos permitiu que não se formassem longas filas no ponto especial da Avenida Getúlio Vargas. Por volta das 10h, eram quatro veículos de transporte a cada cinco minutos. Um dos ônibus seguiu dividido, com a maioria absoluta de argentinos, e antes da roleta um grupo de seis iranianos. Durante uma hora de trajeto, os argentinos foram mais empolgados, mostrando um repertório variado de canções, enquanto os iranianos respondiam com o grito de “Irã, Irã, Irã”.
CLONE Entre os argentinos era impossível não notar Carlos Moor, de 26 anos. torcedor do River Plate e morador de Buenos Aires. A semelhança com o craque argentino Messi é sempre destacada, seja por brasileiros, argentinos ou iranianos. “Pareço mais com ele no futebol”, brinca Carlos, que está há três dias com febre e dor de garganta, mas não deixou de apoiar sua seleção.
Do outro lado da roleta, Mohamed Kashani era o mais vibrante. O iraniano mora há décadas na Califórnia (EUA), onde tem uma empresa de construção de casas. Mohamed acompanhou a Copa de 2006, na Alemanha, e não hesita na hora de cravar de qual gosta mais. “A do Brasil tem muito mais festa”, compara Mohamed. Aliás, a festa em BH, principalmente, na Savassi, encantou o iraniano, que diz ter gostado mais da capital mineira do que o badalado Rio de Janeiro.
