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Estado de Minas

BH é invadida por torcedores brasileiros que viajam país afora atrás dos jogos do Mundial

Além de estrangeiros, capital mineira recebe turistas de vários estados . Alguns vão e voltam para casa no mesmo dia


postado em 22/06/2014 06:00 / atualizado em 22/06/2014 07:55

Os amigos Marcos, André, Fábio e Marcelo vieram do Rio de Janeiro e já passaram por Salvador, Fortaleza e São Paulo(foto: Junia Oliveira/EM/D.A.Press)
Os amigos Marcos, André, Fábio e Marcelo vieram do Rio de Janeiro e já passaram por Salvador, Fortaleza e São Paulo (foto: Junia Oliveira/EM/D.A.Press)


Belo Horizonte se tornou cidade não só de todos os idiomas durante a Copa. Na capital mineira, desembarcam também vários sotaques brasileiros. Ontem, passaram pelo Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, vários amantes do futebol que fazem maratonas para acompanhar as seleções de diversos países Brasil afora.


Logo cedo, os amigos Marcos Mundim, André Aquino, Fábio Guimarães, todos de 37 anos, e Marcelo Duarte, de 36, se preparavam para assistir à sexta partida. Todos são engenheiros cariocas, à exceção de Fábio, o único mineiro da turma, que mora no Rio e é economista.


Eles já viram a estreia com vitória do Brasil sobre a Croácia, em São Paulo, o empate com o México, em Fortaleza, e ainda Argentina 2 x 1 Bósnia, no Rio, Chile 2 x 0 Espanha, também no Rio, e França 5 x 2 Suíça, em Salvador, anteontem. “A goleadas foram os melhores jogos. O pior foi Brasil e México, que terminou no 0 a 0”, disse Marcelo. Para André, independentemente do placar, chama a atenção outra festa: “Esse tanto de gente de fora, esse encontro de povos, é o mais positivo”.


Vindos de São Paulo, sete amigos se juntaram para cumprir ontem a quarta tabela da Copa – até o fim, serão 13 jogos assistidos, incluindo semifinal e final. A turma, que tem dois argentinos que moram no Brasil desde crianças, tem até camisa, com a logomarca do grupo e os jogos aos quais irão. Os irmãos Daniel e Alexandre Castilho, de 40 e 44, respectivamente, são filhos de uruguaios e disseram que o que vale é a farra entre amigos e família. O economista Juan Jensen, de 38, argentino-brasileiro, conta que foi fácil escolher o país para torcer depois da vitória da Argentina em 1990. Mas, se o Brasil avançar… “Bem, tenho mulher e filha brasileiras”, brincou.


O aeroporto recebeu ainda uma “celebridade” do futebol. No ápice da festa dos argentinos, eis que chega Pelé. A família fez festa e empunhou cartazes dizendo “Com Pelé, o hexa é nosso”. Mãe, tios, irmãs, todos entoando coro para o mineiro Ernani Soares Coimbra, que mora nos EUA e tem o mesmo apelido do rei do futebol, mas não se parece com ele. Ernani fica até o fim da Copa para matar a saudade dos 10 anos sem vir ao Brasil e espera conseguir ingresso para o jogo da semifinal em BH. “Mas não vai ter problema, porque vou para a tribuna de honra mesmo”, brincou Pelé.

BATE E VOLTA


Certo de que esta será a última oportunidade de ver uma Copa do Mundo na América do Sul, o economista Gustavo Monteiro, de 39, decidiu encarar uma maratona para assistir mais cinco jogos: ele vai fazer todas as viagens no estilo bate e volta. Há pelo menos três razões: seria impossível tirar férias, a mulher preferiu que ele não ficasse hospedado nas cidades e o dessa forma ficará mais em conta. O preço da hospedagem contou muito. “Não achei nenhuma diária por menos de R$ 700.” Além de Belo Horizonte, o paulista tem passagem comprada para Brasília. Monteiro preferiu garantir os ingressos em cidades mais próximas de São Paulo porque, em último caso, viajaria de carro.
Fazer turismo não está nos planos do engenheiro Thyago Zolcsak, de 30. “Vim no clima da Copa do Mundo. Conheci o Mineirão e pronto”, conta o morador de São Paulo. Segundo o torcedor, o ônibus Expresso Copa, que segue direto do aeroporto para o estádio, facilitou bastante a viagem e ele espera encontrar o mesmo serviço em Brasília e Rio de Janeiro, seus próximos destinos de avião. “Turismo é só para os estrangeiros. Como os jogos são de tarde, fica mais prático ir de manhã e voltar para casa à noite”, opina o fazendeiro Heron Veloso, de 33, à espera do embarque para Montes Claros. Amanhã, ele viaja para Brasília. Rio de Janeiro, só se conseguir ingresso para a final.


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