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Estado de Minas

Torcedores argentinos e iranianos vão voltar para casa com belas histórias para contar

Turistas que chegaram a BH para acompanhar partida da Copa do Mundo no Mineirão neste sábado tiveram bons momentos na passagem pela capital mineira


postado em 22/06/2014 06:00 / atualizado em 22/06/2014 07:44

BH já está na lembrança dos torcedores que a Copa do Mundo trouxe a Minas Gerais. Turistas foram até abençoados por um "papa Francisco" que desembarcou ontem em Confins, vindo de Buenos Aires. "Todos nós, latino-americanos, estamos mais unidos. Finalmente, verdadeiros hermanos", comemorou o portenho Sérgio Madero, surpreso diante de brasileiros vestindo a camisa de Messi.

O iraniano Fazard Asgharzadeh viu a seleção de seu país perder para a Argentina, mas revelou ter orgulho de seu time, que fez bonito no Mineirão,
e comemorava o feito na Savassi.

ALELUIA!
O papa em Confins


(foto: Junia Oliveira/EM/D.A.Press)
(foto: Junia Oliveira/EM/D.A.Press)


Até o "papa Francisco" veio a BH torcer pela Argentina. Juan Leiva, de 51 anos, vestiu-se como o pontífice, chamando a atenção no aeroporto de Confins. O assédio só não foi maior porque ele desembarcou pouco depois das 11h, em meio à correria para chegar ao Mineirão. Vindo de Buenos Aires, ele acredita que a fantasia dá sorte ao time. Juan distribuiu sorrisos e até abençoou crianças. Os irmãos Max e Fred Strozenberg, de 10 e 8 anos, não perderam a oportunidade de tirar uma foto com a "celebridade". O pai, Alan, de 44, argentino radicado em São Paulo há 39 anos, também não deixou por menos. Mas os meninos avisaram: os coraçõezinhos são verde-amarelos. (Junia Oliveira)

LANÚS
Que venha o Galo


O pequeno argentino Eric pode se considerar um garoto de sorte. Enquanto marmanjos brigavam para conseguir ingresso para ver a seleção de seu país enfrentar o Irã, o niño já estava garantido na torcida azul e branca graças ao pai, Marcelo Gravow, que só pretende voltar para casa depois da final. Ele avisou: vai a todas as partidas da Argentina. Morador da cidade de Lanús, o pai de Eric é um fervoroso torcedor do homônimo time local. Em julho, a equipe será adversária do Atlético na disputa da Recopa Sul-Americana. Marcelo Gravow garantiu que voltará a BH para acompanhar a equipe, mas não trará Eric. (Silas Scalioni)

EM FAMÍLIA
De Córdoba a Betim


O argentino Carlos Courrouch, de 45 anos, a mulher, Éria Castro, de 37, e os filhos, Milena, de 10, e Carlos Raul, de 19, não conseguiram ingressos para assistir ao jogo de ontem no Mineirão. Mas isso não desanimou a família hermana, que acompanhou a partida na Savassi. Vindo de Córdoba, Carlos trabalha há quatro anos em Betim, onde mora com a família. "O que mais gosto no Brasil são o sol e as pessoas", contou Milena. (Márcia Maria Cruz)

CASAL 20
Love story em Minas

Belo Horizonte é a nona cidade brasileira que o iraniano Mirfarbod Mohajer, de 33 anos, conheceu nesta Copa. Ele e a namorada, Tannaz Ebrahimi, de 31, assistiram ao jogo de ontem no Mineirão. O campeonato mundial é uma oportunidade para o casal se encontrar: ele comanda um café na Malásia e ela trabalha como secretária em Teerã, no Irã. Em um mês e meio, Mirfarbod já conheceu Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Atibaia (SP), Nazaré Paulista (SP), Gramado (RS), Canela (RS) e Cambará do Sul (RS). "Gostamos tanto de Belo Horizonte que queremos ficar mais tempo aqui", disse Mirfarbod. (MMC)

SANFONA BILÍNGUE
Tango e forró


(foto: Juarez Rodriguez/EM/D.A.Press)
(foto: Juarez Rodriguez/EM/D.A.Press)


Ontem, clowns argentinos da Companhia Farol dançaram tango em plena praça da Savassi, para a alegria da "multitorcida" que acompanhou a partida entre o time de Messi e os iranianos. Os artistas pretendem ficar 15 dias em BH: vindos de Chuí (RS), levaram três dias para chegar. "Os brasileiros nos disseram que aqui tem a melhor comida, o melhor pão de queijo e muitas cachoeiras. Estávamos doidos para conhecer a cidade", disse Juan Pablo Bertelli, de 31 anos, ao lado de Ximena Ayerbe. A dentista Rejane Marinho Álves Andrade, de 55, tomou emprestado o acordeom dos hermanos para tocar forrós de Luiz Gonzaga. (MMC)

DIA HISTÓRICO
Orgulho persa


A Argentina ganhou por 1 a 0, mas os iranianos não deixaram de comemorar, na Praça da Savassi, o feito de sua seleção. "Esse resultado nos enche de orgulho, pois o nosso país não tem tradição no esporte. Pensamos até que perderíamos de 3 a 0, mas só no fim da partida Messi fez o gol", disse Fazard Asgharzadeh ao lado do filho, Arteen. Ambos moram em Los Angeles, nos Estados Unidos. Farshid Jamali e Farbod Jamal, nascidos em Teerã e residentes em Vancouver, no Canadá, concordaram com o amigo. (Gustavo Werneck)

UNIDOS TORCEREMOS
Enfim, hermanos


Os namorados Sérgio Madero, de 32 anos, profissional de marketing, e Jamila Bello, de 29, comerciante, deixaram Buenos Aires de carro. Antes de chegar a BH o casal passou pelo Uruguai, Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Búzios (RJ) na companhia da tia de Sérgio, a atriz Mabel Ricci, de 55. De tão divertida, a viagem vai se prolongar pelo Brasil %u2013 o Nordeste está na agenda. "Fico feliz, pois todos nós, latino-americanos, estamos mais unidos. Finalmente, verdadeiros hermanos", comentou Sérgio, ao ver brasileiros com a camisas do time de Messi. (GW)

FÉRIAS TROPICAIS
Caipirinha é show


Eles estão muito longe de seu país, felizes da vida e se sentindo em casa nessas férias. Em viagem com o colega de trabalho Narain Balakrishnan, o engenheiro do setor de petróleo Ashwin, de 29 anos, curtiu o sábado de Copa do Mundo na Praça da Savassi. Não deu outra: a dupla, que mora em Kuala Lumpur, apaixonou-se pela caipirinha. Enrolados na bandeira da Malásia, os dois moradores da capital Kuala Lumpur estão curtindo Minas antes de viajar para Brasília (DF), Búzios e Rio de Janeiro (RJ). "Aqui é bem melhor do que São Paulo", comparou Ashwin. (GW)

FESTEIRO
Meu querido bumbo


Lucas Barrio, de 25 anos, é de Bariloche, mas está "morando" com quatro amigos em Paraty (RJ) desde abril. O dinheiro que ganhou trabalhando na manutenção de um hostel na cidade fluminense  –2013 cerca de R$ 900 por mês - não deu para comprar sequer um ingresso para ver a Argentina jogar, mas, pelo menos, garante as viagens do rapaz pelo Brasil. Em BH há dois dias, ele dorme no carro usado adquirido assim que chegou. "Toco bumbo e sou um dos animadores da torcida. Pelo menos nas festas, eu me garanto", conta Lucas. (Ana Clara Brant)


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