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Estado de Minas

Savassi vira pedacinho de Buenos Aires em festa ocupada por milhares de argentinos

Região foi totalmente ocupada por torcedores após o jogo no Mineirão. Troca de provocações entre brasileiros e argentinos deu o tom da festa, mas sem tumultos


postado em 22/06/2014 06:00 / atualizado em 22/06/2014 10:21

Cerca de 12 mil pessoas lotaram a Praça Diogo de Vasconcelos, na Savassi(foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press)
Cerca de 12 mil pessoas lotaram a Praça Diogo de Vasconcelos, na Savassi (foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press)


Apesar das provocações recíprocas, o ambiente foi tranquilo entre brasileiros e argentinos na Savassi praticamente durante todo o dia de ontem, apesar do tumulto entre torcedores ainda na madrugada. Muitos brasileiros vestiram a camisa da Seleção Argentina. Mesmo com a derrota no Mineirão, os iranianos festejaram e se divertiram. No início da noite, cerca de 12 mil pessoas se concentravam na região, segundo a Polícia Militar, que reforçou a segurança. O efetivo chegou a 400 agentes. Dois postos de observação foram montados para que os militares fizessem o monitoramento do alto, nos quarteirões das ruas Antônio de Albuquerque com Paraíba e Pernambuco com Fernandes Tourinho.


“Muitos torcedores chegaram depois do jogo. Enquanto no início da tarde a estimativa era de 2,5 mil pessoas, o número multiplicou nas horas após a partida”, informou o comandante do 1º Batalhão da PM, tenente-coronel Helbert Figueiró. Houve registro de apenas um furto de carteira.


Mineiro, mas vestido com a camisa da Argentina, o analista de sistemas Said de Oliveira Hanzi, de 25 anos, caiu na festa. “Sou neto de libanês, estou com a camisa da Argentina, mas torço para Brasil”, declarou. Sem seleção na Copa do Mundo, os canadenses Andrej Budin, de 25, e John Budin, de 35, também vestiam azul e branco. “Temos familiares argentinos e viemos ao Brasil para torcer pela Argentina”, disse John. Eles assistiram ao time de Messi entrar em campo no Mineirão e foram à Savassi com as amigas argentinas Andrea e Lorena Magallanes, que também vivem no Canadá. “Estamos felizes de estar no Brasil. Passamos por Salvador e Porto Seguro. Daqui vamos para Porto Alegre para assistirmos à última partida da primeira fase”, disse Andrea. Segundo Lorena, tudo no Brasil agradou. “Gostamos muito da comida. A tapioca e o frango ao molho pardo são uma delícia”, contou.


O quarteto de amigos de Córdoba, Agustin Bertona, Alejandro Tahan e Antonio Bertorello, todos de 21 anos, e Andre Sperman, de 24, também não têm do que reclamar. Ontem, eles aproveitavam a festa na Savassi e se disseram encantados com BH e, sobretudo, com a culinária e as mulheres. Eles foram a todos os jogos no Mineirão, com exceção justamente da partida com a seleção de seu país. “Estamos hospedados na casa de uma amiga e não conseguimos entradas. Os cambistas estavam vendendo por até US$ 1mil. Uma pena”, lamentou Agustin.


Já Andre não se cansou de exaltar as qualidades da capital e garantiu que vai voltar. “Parece um pouco com Córdoba, porque não tem mar, tem muitos bares e é uma cidade muito acolhedora”, opinou. Bruno Montiel, de 20, é filho de argentino com brasileira. O pai, o portenho Rene Montiel, de 55, conheceu a mãe de Bruno no carnaval no Rio em 1985 e se mudou para BH. Bruno conta que sempre que vai a Buenos Aires, onde tem família, é muito bem tratado, e acredita que a rivalidade é maior do lado verde-amarelo. “Principalmente nessa época de Copa. Mas são provocações tranquilas. É assim que deve ser”, destacou.


Mesmo sem motivos para comemorar depois do jogo ontem, os iranianos esbanjavam simpatia. Faziam festa, tiravam fotos e comemoravam com brasileiros. “O povo por aqui é muito alegre e receptivo”, disse o iraniano Arman Baghri, de 38 anos, que passeava pela Savassi com o amigo Shanst Motamed, de 32.


Os torcedores mineiros que foram à Savassi comemorar com os argentinos também tiveram um motivo a mais para celebrar. Durante a festa, vários belo-horizontinos levaram camisas do Atlético e bandeiras do Estudiantes (time que venceu o rival Cruzeiro em 2009), enquanto os cruzeirenses usavam camisas do Sorín, ex-jogador cruzeirense.

 


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