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Estado de Minas

Moradores da Avenida Amazonas reclamam de falta de obras e cobram melhorias

A via de 9,4 quilômetros de extensão no Vetor Oeste enfrenta problemas como lixo e entulho espalhados, calçadas em mau estado, imóveis pichados e abandonados


postado em 30/03/2014 06:00 / atualizado em 30/03/2014 07:37

Prédio em mau estado: última grande intervenção na avenida ocorreu há oito anos (foto: Beto Magalhães/EM/DA Press)
Prédio em mau estado: última grande intervenção na avenida ocorreu há oito anos (foto: Beto Magalhães/EM/DA Press)


A implantação do Move, sistema de transporte rápido por ônibus (BRT) de Belo Horizonte, levou centenas de operários às avenidas avenidas Cristiano Machado, Pedro I e Antônio Carlos e está garantindo a reforma dos três corredores. Enquanto isso, moradores e frequentadores de outra importante avenida, a Amazonas, esperam com ansiedade por novas obras. Sem intervenções viárias ou urbanísticas de maior porte desde 2006, quando o asfalto foi trocado para reunião do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a via de 9,4 quilômetros de extensão no Vetor Oeste enfrenta problemas como lixo e entulho espalhados, calçadas em mau estado, imóveis pichados e abandonados. Quem vive ou passa pela Amazonas, que corta 16 bairros, tem influência sobre 130 mil pessoas e é a principal ligação com Contagem, pede também melhorias no trânsito e medidas para aumentar a segurança.

Há problemas ao longo da avenida, mas moradores reclamam especialmente do trecho entre a Avenida do Contorno, no Bairro Santo Agostinho, e o Expominas, no Bairro Gameleira, na Região Oeste. Nesse local, a maioria dos imóveis tem lojas no térreo e apartamentos na parte de cima. É difícil encontrar ali muros e paredes sem pichações. Há seis meses o empresário Petrônio Matias, de 28 anos, pintou a fachada da loja de equipamentos de segurança, mas não adiantou. “Picharam tudo de novo”, conta. Funcionário de um restaurante, Mauro Ferreira, de 57, mostrou a pintura nova, concluída na última terça-feira. “Acho que dura um mês”, prevê. Uma porta de aço também foi instalada há dois meses, depois que ladrões arrombaram a antiga. “Os assaltantes agem com frequência”, diz.

ABANDONO Não há estatística oficial, mas muitos imóveis estão abandonados na Amazonas. O Edifício Olinda, que fica no Bairro Prado, é um deles. “A dona morreu. Está correndo na Justiça”, diz o montador de topa-tudo Clemilson Leocádio Ribeiro, de 38. Em outro trecho da Amazonas, entre o Anel Rodoviário e o limite com Contagem, não há residências. São cerca de 400 metros apenas, com mais 20 imóveis abandonados. O abandono favorece a ocupação por usuários de drogas. Nem a parte considerada mais nobre da Amazonas, entre a Praça Raul Soares e a Avenida do Contorno, escapa dos problemas. Seis imóveis antigos e de padrão elevado estão fechados, alguns em ruínas.

A aposentada Maria das Graças Salles, de 64, e a dona de casa Edina Tânia Andrade, de 59, moram há mais de 10 anos, cada uma em um apartamento, em um prédio no Prado. “Falta segurança, os pichadores não respeitam nada e comerciantes colocam lixo na nossa porta”, denuncia Maria.  O presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Prado e Calafate, Ricardo Scheid, critica o fato de os investimentos em mobilidade terem sido canalizados apenas para o Vetor Norte. “Esqueceram a Região Oeste”, diz. Scheid afirma que uma trincheira na Contorno e um viaduto para cruzar a Francisco Sá seriam duas intervenções importantes para resolver, por exemplo, o gargalo do trânsito.


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