(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Familiares responsabilizam administração do clube por morte de Mariana


postado em 07/01/2014 06:00 / atualizado em 07/01/2014 06:41

Uma família desestruturada e abalada que tenta buscar forças para superar a perda da pequena Mariana, de 8 anos, menina meiga, alegre e esperta, como foi descrita pelos parentes. Além da ausência da criança – que morreu depois de ter tido o cabelo sugado pela tubulação do toboágua de uma das piscinas do Jaraguá Country Club, em Belo Horizonte – deixou não só um vazio para os familiares, mas um grande sentimento de indignação. Ainda sem condições emocionais para saber quais providências tomar, a família entende que Mariana foi assassinada. “Minha filha sabia nadar muito bem. Não teria morrido se não tivesse uma armadilha. Ela foi assassinada”, desabafa o pai, o empresário Marco Aurélio de Oliveira, de 50 anos.

“Estamos indignados, porque não entendo como o clube não prevê um problema que é de infraestrutura. Será que as pessoas que estão à frente da diretoria estão preparadas? Têm experiência para ocupar o cargo que ocupam?”, questiona o pai, lembrando do aumento da movimentação de pessoas no clube.

No dia do enterro de Mariana, Marco Aurélio, a mulher, Ieda, e a outra filha do casal, Júlia, não tiveram condições de voltar para casa e passaram a noite na casa de parentes, segundo o porta-voz da família, tio e padrinho de Mariana, o comerciante Fernando Alberto de Oliveira, de 60. Para ele, o afogamento foi considerado uma grande apunhalada. “Nunca imaginava enterrar uma sobrinha de forma tão trágica. Tomamos todos os cuidados com as crianças da família e por uma incompetência, um desleixo do clube, perdemos um ente querido. Para mim, foi assassinato”, afirmou Fernando.

A diretoria do clube foi procurada pelo EM, mas não se pronunciou. Pela manhã, funcionários da portaria disseram que a direção ainda não havia informado quando iria se manifestar. À tarde, um funcionário disse que diretores estavam em reunião e que enviariam uma nota de esclarecimento, o que não ocorreu.

Palavra do pai

Marco Aurélio de Oliveira, de 50 anos, empresário, pai de Mariana

Qual é o sentimento da família?

Estamos desestruturados, juntando forças para lidar com essa tragédia. O sentimento de indignação é muito grande, porque nossa filha foi assassinada. Ela sabia nadar muito bem e não teria morrido caso não tivesse uma armadilha.

Houve algum tipo de negligência?

Temos nossas conclusões, mas vamos acompanhar a investigação e o resultado do laudo técnico que vai dizer o que ocorreu. Nossa filha estava em família, acompanhada. Mas será que a estrutura do clube estava adequada?

Há quanto tempo vocês frequentam o clube?

Desde minha infância. Meu pai foi sócio-fundador. Hoje me limito a jogar futebol lá, mas quando passo pela área das piscinas percebo o quanto mudou. Hoje tem muita gente frequentando, muito convite sendo vendido no fim de semana. Será que a infraestrutura acompanhou esse movimento? A investigação deve passar por isso.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)