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Estado de Minas

Presépio do Pipiripau vai ficar sem visitação pública pelo segundo ano

Expectativa é de que restauração das 586 figuras comece em fevereiro


postado em 12/12/2013 06:00 / atualizado em 12/12/2013 07:10

A UFMG enviará diagnóstico sobre situação do acervo para a Escola de Belas-Artes, para fazer a restauração(foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press - 16/12/11)
A UFMG enviará diagnóstico sobre situação do acervo para a Escola de Belas-Artes, para fazer a restauração (foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press - 16/12/11)

O centenário Presépio do Pipiripau ficará pelo segundo ano consecutiva longe dos olhos dos seus admiradores. A restauração do bem cultural só deverá ser iniciada em fevereiro, segundo informação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com foco nas partes mecânica, elétrica e artística. Considerado o mais famoso e tradicional presépio de Belo Horizonte – e apreciado principalmente por crianças que se encantam com as 586 figuras que representam a história de Jesus – o Pipiripau tem tombamento federal e fica no Museu de História Natural e Jardim Botânico (MHNJB) da UFMG, no Bairro Horto, Região Leste. No ano passado, a instituição havia prometido que o presépio estaria pronto para este Natal.

No dia 20, um diagnóstico sobre a situação do acervo para restauro será entregue ao Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis (Cecor), da Escola de Belas-Artes da UFMG, segundo o coordenador do Projeto Pipiripau, professor Fabrício Fernandino. Além da restauração do presépio, está em andamento o projeto arquitetônico do espaço que o bem cultural ocupa no museu. No total, será gasto R$ 1,5 milhão, com participação de recursos de uma empresa privada.

“É um trabalho muito delicado e é bom lembrar que o presépio artesanal, mesmo não sendo mostrado ao público, continua em funcionamento. Para fazer o diagnóstico, a equipe mapeou todos os detalhes da estrutura, que começou a ser montada há mais de 100 anos”, disse o professor Fabrício, que ainda não sabe a data de conclusão do trabalho e esclareceu que o presépio não está estragado, mas precisa de restauro. Para os admiradores do Pipiripau, resta o consolo de ver, no museu, uma exposição sobre a história dele, fotografias, trajetória e ainda o Presépio Pipiripim, igualmente mecânico, embora de porte menor.

Segundo pesquisa do Iphan, o presépio do Pipiripau foi criado e armado por Raimundo Machado de Azevedo, entre 1906 e 1976. O nome curioso tem origem no local onde ficava originalmente – a antiga Colônia Américo Werneck, região denominada Pipiripau. Esse cenário do nascimento de Jesus se compõe de 45 cenas distintas, entre religiosas (vida de Cristo) e profanas, dispostas sem a preocupação de sequência cronológica. Há cinco planos, nos quais as pinturas das paredes laterais e do fundo dão continuidade e unidade às cenas. As figuras estão dispostas em um cenário de 4 metros de largura, 3,20 metros de altura e 4 metros de profundidade. O presépio foi transferido para a universidade em 1976 e protegido pelo Iphan como Patrimônio Cultural. A partir de então, coube à instituição de ensino preservá-lo, fazer a manutenção e cuidar da exposição.

Praça da Liberdade

As luzes do Natal começam a se acender em Belo Horizonte num convite à renovação da fé e esperança. Moradores e turistas já podem visitar o tradicional presépio montado na entrada do Palácio Cristo Rei, na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, que foi abençoado anteontem pelo arcebispo metropolitano dom Walmor Oliveira de Azevedo. Com iluminação especial, incluindo lâmpadas que pendem de duas árvores como se fossem frutos, o cenário do nascimento de Jesus tem samambaias, orquídeas amarelas, pinheirinhos e outras plantas, numa comunhão entre natureza, arte e religiosidade.

Com 11 peças em tamanho natural (os três reis magos, anjo Gabriel, José, Maria, o menino Jesus e animais do estábulo), o presépio do Palácio Cristo Rei poderá ser visitado das 7h às 23h. Na tarde de ontem, técnicos conferiam os últimos detalhes da iluminação, que contempla ainda o tronco das árvores do jardim. Durante a abertura, houve exibição de mensagens natalinas do papa Francisco, do arcebispo e dos bispos auxiliares.

No Santuário Estadual de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, há uma exposição, que irá até 2 de fevereiro, de presépios em tamanho natural. De acordo com a arquidiocese, a proposta é apresentar o nascimento de Jesus com presépios criativos e de características regionais. Serão quatro feitos por fiéis e artesãos de Caeté, Santa Luzia, Sabará e Belo Horizonte. Um dos presépios é composto por cinco figuras em tamanho natural e quatro metros de circunferência.


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