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Estado de Minas

Defesa tenta liberdade para ex-delegado acusado de matar namorada

Geraldo do Amaral Toledo Neto, de 40 anos, foi ouvido nessa quarta-feira em audiência no Fórum de Ouro Preto. Nova sessão está marcada para dia 11 de dezembro e enquanto isso, os advogados tentam habeas corpus. O crime contra Amanda Linhares dos Santos, de 17 anos, foi em abril deste ano


postado em 05/12/2013 08:31 / atualizado em 05/12/2013 08:57

 Toledo e Amanda mantinham um relacionamento marcado por desavenças, que geraram ocorrências policiais(foto: Reproducao da internet / www. Facebook .com -)
Toledo e Amanda mantinham um relacionamento marcado por desavenças, que geraram ocorrências policiais (foto: Reproducao da internet / www. Facebook .com -)
A defesa do ex-delegado da Polícia Civil Geraldo do Amaral Toledo Neto, de 40 anos, está tentando, por meio de um habeas corpus, a liberdade para o acusado de matar a namorada Amanda Linhares dos Santos, de 17 anos. O ex-policial foi ouvido nessa quarta-feira em audiência no Fórum de Ouro Preto, onde tramita o processo, e está marcada para dia 11 de dezembro, às 14h, nova sessão de instrução e julgamento para o caso. Toledo está preso na Penitenciária Jason Soares Albergaria, no Bairro Primavera, em São Joaquim de Bicas, na Grande BH.

O pedido de soltura pode ser julgado ainda esta semana. Em novembro, Toledo teve uma derrota na Justiça quando foi indeferido o pedido de relaxamento de prisão feito pelos advogados. O ex-delegado foi oficialmente expulso da corporação em 16 de outubro, não pelo crime contra a adolescente. O desligamento dele se deu pelas investigações da Corregedoria da Polícia Civil de fraudes de que é acusado de praticar quando esteve à frente da delegacia do Detran, em Betim, na Grande BH.

Naquele período, a Corregedoria apurou fraudes praticadas quando Toledo era delegado titular da circunscrição do Detran em Betim. Ele foi preso naquele ano, em São Joaquim de Bicas, acusado de receptação, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Desde 2002, ele já respondia a processo por suspeita de irregularidade no licenciamento de veículos. A comissão confirmou, somente agora, que ele providenciou o registro e licenciamento de duas motocicletas com motores e chassis de procedência irregulares. Um dos veículos tinha chassi com registro de roubo em outro estado.

Quando Amanda foi baleada, em abril deste ano, Toledo já respondia a nove sindicâncias, dez inquéritos e dois processos administrativos na Corregedoria. Ele havia sido indiciado por lesão corporal contra a adolescente com quem mantinha um relacionamento amoroso. Natural de Pouso Alegre, o delegado atuou, além do Detran, na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente e na Delegacia de Atendimento à Pessoa Deficiente e ao Idoso.

Crime contra Amanda

O crime contra a adolescente aconteceu no dia 14 de abril deste ano. Amanda e Toledo brigaram e a jovem foi baleada na cabeça. Testemunhas disseram que o casal estava no carro do policial, na estrada entre Ouro Preto e o distrito de Lavras Novas, na Região Central de Minas. O delegado nega que tenha atirado na adolescente, com quem mantinha um relacionamento marcado por desavenças, que geraram ocorrências policiais.

Pela versão do delegado, Amanda tentou se matar, mas provas periciais derrubam essa hipótese. Exames residuográficos nas mãos dela não acharam vestígios de pólvora. Segundo as investigações, Toledo buscou a jovem em Conselheiro Lafaiete e depois seguiram para Ouro Preto.

Após o tiro, o delegado abandonou Amanda na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O carro do policial, um Peugeot preto, foi apreendido e periciado. Amanda foi transferida para o Hospital João XIII, onde morreu em 3 de junho, após 51 dias internada.

Reconstituição do crime. Momento em que ex-delegado deixa a jovem ferida na UPA(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Reconstituição do crime. Momento em que ex-delegado deixa a jovem ferida na UPA (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)


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