Os médicos residentes do Hospital Odilon Behrens, na Região Noroeste de Belo Horizonte, começaram nesta terça-feira uma paralisação de 72 horas. Nesta manhã, eles participam de um ato público na porta do hospital, com faixas, cartazes e megafones.
Segundo o médico residente em Medicina da Família e Comunidade, Lucas Leonardo Knupp, a principal pauta do movimento é a valorização da preceptoria. Preceptor é o médico experiente que acompanha, supervisiona e orienta os residentes durante o atendimento. “A residência só se estabelece através do cargo do preceptor. Nós temos como pauta a valorização do serviço como prática que agrega valores ao ensino e ao atendimento médico. Queremos que o Odilon garanta as regras da residência, que exige preceptoria em todas as atividades. (residentes) Estão trabalhando nos plantões, emergências e fim de semana sem preceptoria”, explica o médico. Ainda segundo ele, a paralisação dos residentes será em tempo integral, mas os profissionais do serviço público vão atender os pacientes normalmente durante o período.
Segundo o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG), o hospital possui 130 residentes. Eles também reivindicam a regulação da carga horária da residência, que costuma ultrapassar as 60 horas determinadas. Na quinta-feira, eles vão participar de uma assembleia no auditório do hospital, às 19h.
Em nota, o Hospital Odilon informou que foram realizadas com as áreas específicas para discutir as propostas dos residentes. "Durante tais encontros, para todas as questões levantadas, foram apresentadas pela Direção do HOB soluções possíveis, seguindo o que preconiza as Leis vigentes", diz o documento.