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Estado de Minas

Empresários voltam a cobrar providências contra camelôs, mendigos e flanelinhas

Polícia Militar nega complacência


postado em 13/11/2013 06:00 / atualizado em 13/11/2013 06:42

 

O aumento no número de camelôs e de moradores de rua foi uma das reclamações apresentadas ontem pela Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), em reunião de seu Conselho Regional Hipercentro, com representantes da prefeitura e das polícias Militar e Civil. Os comerciantes também reclamaram de flanelinhas e pediram providências para inibir assaltos. Policiais e fiscais são “complacentes com pequenas infrações”, segundo o vice-presidente da entidade, Marcos Innecco Correa. A chefe do Comando de Policiamento da Capital (CPC), coronel Cláudia Romualdo, negou que haja condescendência, mas admitiu a grande quantidade de criminosos reincidentes.

O Código de Posturas de BH determina quais atividades comerciais podem ser exercidas em logradouros públicos, incluindo a de engraxate. O EM percorreu o Centro ontem e, ao lado de banquinhas de engraxar sapatos, encontrou pessoas vendendo cadarços, palmilhas e guarda-chuvas. A prática proibida ocorria, por exemplo, na Avenida Amazonas e em um quarteirão fechado da Rua Rio de Janeiro.

“Alguns engraxates vendem acessórios de sapato. Toda vez que se cria uma brecha na lei, ela é aproveitada por pessoas desonestas”, reclamou o vice-presidente da CDL. Ele citou também a brecha usada por ambulantes: a liminar judicial que permite a hippies e artesãos de rua venderem suas peças em via pública. “A prefeitura tem agido, mas a gente tem visto que supostos artesãos ou hippies têm mercadorias industrializadas”, afirmou Correa.

O dirigente também se queixa da ação de flanelinhas, que contribuem para que o sistema de vagas rotativas seja desrespeitado. “Os motoristas deixam a chave do carro com essas pessoas, que põem o talão obrigatório apenas na hora que fiscais se aproximam”, disse.

Em entrevista ao EM, flanelinhas reconheceram a prática. “Sou guardador (de carros) licenciado pela prefeitura e não faço isso, mas há muitos que fazem”, disse um homem de 50 anos, sem se identificar. Por volta das 16h30, ele segurava um molho de chaves de veículos e trabalhava na Rua Tamoios, entre a Curitiba e a Amazonas.

“Sofremos também com a ação de microtraficantes de drogas e furtos a pedestres e estabelecimentos. Queremos mais policiais na rua e menos complacência com pequenas infrações. Existe sensação de que está aumentando o número de ocorrências no Hipercentro”, afirmou o vice-presidente da CDL, embora a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) não divulgue números por região da cidade.

“Não há complacência por parte da PM, que está fazendo o seu papel. O que estou percebendo é que estamos prendendo pessoas que já foram detidas outras vezes pelo mesmo tipo de crime. É preciso verificar por que isso está acontecendo”, disse a coronel Cláudia Romualdo. Segundo ela, a polícia vem intensificando a atuação nas áreas mais críticas. “Estamos lançando policiamento nos pontos onde há registro de mais ocorrências e, junto com a Polícia Civil, tentando identificar criminosos que têm atuado no Centro”, afirma.

A Secretaria Regional Centro-Sul, por meio da assessoria, informou que a fiscalização atua diariamente, sobretudo na Região Central, onde há mais irregularidades. Apesar da liminar que protege artesãos e hippies, a regional garantiu que continua cobindo camelôs que vendem alimentos e produtos industrializados.

 

IMPASSE NO SANTA TEREZA
O impasse entre moradores do Santa Tereza, na Região Leste de BH, e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) sobre o destino do antigo Mercado Distrital pode terminar ainda este ano. Diante da posição da entidade de instalar no local uma escola automotiva apenas se houver apoio da comunidade, o Movimento Salve Santa Tereza entregou ontem à diretoria abaixo-assinado de 2.445 pessoas contrárias à medida. O grupo afirma que, para implantação da escola, será necessária mudança na legislação para flexibilizar a área de diretrizes especiais (ADE). Representantes do movimento foram recebidos pelo chefe de Gabinete da Presidência da Fiemg, Antônio Marum, que reiterou: “Se o bairro não nos quer, paciência. Seria um referência em inovação”, disse. A decisão definitiva será tomada até dezembro pelos conselhos deliberativos da entidade.

 


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