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Estado de Minas

Mutirão tentará frear bota-foras clandestinos às margens da BR-040

Municípios e Dnit decidem, enfim, formar força-tarefa para enfrentar problema que há anos polui margens da rodovia, em área de preservação na saída da capital para o Rio de Janeiro


postado em 01/11/2013 06:00 / atualizado em 01/11/2013 06:46

Dnit reconhece que o problema tomou tamanha proporção que o órgão, sozinho, não dá conta de fiscalizar(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press )
Dnit reconhece que o problema tomou tamanha proporção que o órgão, sozinho, não dá conta de fiscalizar (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press )
Se depender da promessa, os bota-foras clandestinos às margens da BR-040, na saída para o Rio de Janeiro, devem finalmente ser combatidos com uma união de esforços dos municípios de Belo Horizonte, Nova Lima e Brumadinho e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Porém, apesar da intenção, nenhum dos representantes do poder público envolvidos sabe dizer exatamente como coibir a sujeira na região nem o motivo para a demora da iniciativa – especialistas falam em décadas de o depósito criminoso de lixo em área de preservação ambiental na região metropolitana. O que já se sabe é que como está não pode continuar: apenas até o Condomínio Alphaville, são mais de 100 pontos de poluição.

Nessa quinta-feira, o prefeito em exercício de Belo Horizonte, Délio Malheiros (PV), o secretário de Meio Ambiente de Nova Lima, Roberto Messias, e o superintendente adjunto do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Alexandre de Oliveira, durante vistoria em dois dos pontos mais críticos da rodovia, anunciaram esforço conjunto para proposição de medidas legais e efetivas contra os criminosos organizados que atuam na região, sempre na calada da noite.

“Trata-se de crime ambiental. Além das multas, que são superiores a R$ 3,2 mil, o criminoso pode pegar até oito anos de prisão. Não vão mais ficar impunes. Isso agride o meio ambiente e coloca em risco a vida das pessoas”, ressalta Délio Malheiros, que espera a assinatura de convênio para ação conjunta ainda este ano. Para Roberto Messias, é preciso estabelecer uma política de tolerância zero. “Um trabalho educativo só dá certo quando não há impunidade”, afirma.

FORA DE CONTROLE

O secretário explica que todos os envolvidos nos chamados bota-foras são responsáveis e precisam ser punidos – não apenas quem faz a dispensa, mas também quem “encomenda” o serviço. O problema representado pelos depósitos clandestinos cresceu tanto que o Dnit reconhece não ter condições de fiscalizar as margens de rodovias sob sua jurisdição. São 15 agentes do departamento para os cerca de 500 quilômetros na Região Metropolitana de BH. “Atuar contra esses crimes não é uma função exclusiva do Dnit. Com o apoio dos municípios, esperamos poder agir com mais rigor e eficiência contra o ato criminoso”, afirma Alexandre de Oliveira. A iniciativa pode futuramente ser ampliada para outras saídas da capital.

Vinícius Correa, de 21, que trabalha na região, vai além da questão ambiental e chama a atenção para o perigo do lixo para quem trafega pela BR-040. “Quando chove, a sujeira atrapalha e a água acaba provocando muitos acidentes na região”, aponta. O contador Leonardo Coelho de Almeida, de 33, avalia a questão como “absurda falta de comprometimento e de educação”. Ele lamenta a situação e não acredita em solução para a rodovia por parte do poder público. “O governo não dá conta. Tem é que privatizar”, sugere.


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