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Estado de Minas

"A sensação é de missão cumprida", diz delegada sobre prisão do Maníaco do Anchieta

Pedro Meyer está em uma cela separada no Pavilhão 5 da Penitenciária Nelson Hungria. Vítima que desencadeou denúncias também comemorou a prisão do acusado


postado em 07/08/2013 08:34 / atualizado em 07/08/2013 08:41

O ex-bancário Pedro Meyer Ferreira Guimarães, de 56 anos, sentenciado a 13 anos e quatro meses de prisão por estupro, foi transferido no fim da tarde de terça-feira para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, depois de permanecer quatro dias foragido. Ele se apresentou à Polícia Civil horas depois que o Tribunal de Justiça negou o pedido de liberdade feito por sua defesa, mas deferiu o pedido de garantias de integridade física, moral e psíquica do réu na prisão. Ainda está em análise no TJ o mérito do pedido de habeas corpus que pode colocar Meyer novamente em liberdade. Por enquanto, ele ficará em cela separada do Pavilhão 5 da unidade prisional.

A delegada Margaret de Freitas, chefe da Divisão Especializada de Atendimento da Mulher, do Idoso e do Portador de Deficiência (Demid), acredita que na próxima semana o ex-bancário pode sofrer mais uma condenação. “Intensificamos as buscas e a família e o advogado dele perceberam que não havia alternativa. A sensação é de missão cumprida”, afirmou a delegada, que disse que a prisão do acusado era questão de tempo. O advogado Lucas Laire, que defende Pedro Meyer, não foi encontrado para falar sobre a decisão de apresentar seu cliente à Polícia Civil.

A vítima no processo que rendeu a primeira condenação de Meyer, uma jovem de 27 anos, comemorou a prisão do acusado. “Quando soube que ele se apresentou foi uma sensação de alívio, de poder viver livre novamente. Sentimento compartilhado por outras jovens atacadas por ele, pois estávamos todas acuadas. Com acesso ao processo, ele tinha nosso endereço. Solto, era uma ameaça”, explicou. Segundo ela, o ex-bancário aguarda o julgamento em outros dois processos. “Foram pelo menos 16 vítimas, mas em alguns casos os crimes prescreveram. Mas para as vítimas esses crimes nunca vão prescrever.”

A condenação de Pedro Meyer, que ficou conhecido como maníaco do Anchieta, ocorreu na quinta-feira, ocasião em que a Justiça decretou sua prisão. O advogado do acusado considerou pesada a pena e apelou ao Tribunal de Justiça para reformar a sentença. Em caráter liminar, o defensor pediu que o cliente aguardasse em liberdade o recurso, alegando que, na prisão anterior, Meyer foi espancado por outros internos da Penitenciária José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves. O ex-bancário é acusado de crimes cometidos na década de 1990, a maioria contra crianças e adolescentes. Pelo menos 16 vítimas o reconheceram.


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