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Estado de Minas

Defesa e promotoria finalizam argumentações; veredicto de réu do Bando da Degola sai hoje

Partes terão mais uma hora para expor seus argumentos, resultado do julgamento deve ser anunciado ainda nesta segunda


postado em 15/07/2013 16:00 / atualizado em 15/07/2013 18:52

Caminha pra a fase final o julgamento de Arlindo Soares Lobo, acusado de integrar o Bando da Degola, responsável por dois assassinatos ocorridos no Bairro Sion, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, em abril de 2010.

Após as colocações do promotor Francisco Santiago e de Marco Antônio Siqueira, advogado de defesa, o júri segue para a fase de réplica e tréplica, quando as partes terão uma hora cada para suas considerações finais. Em seguida, o júri se reunirá para deliberar sobre o veredicto, que deve ser anunciado ainda nesta segunda.

Defesa alega coação

Em uma hora e meia, o advogado de defesa tentou mostrar que Arlindo foi coagido a cometer os crimes por Frederico. Marco Antônio Siqueira usou parte do depoimento da mãe de Frederico no processo, em que ela diz que o filho é “sociopata, psicopata e esquizofrênico”. Segundo Siqueira, ele já teria tentado suicídio três vezes e ficou internado no hospital psiquiátrico Galba Veloso, pelo comportamento de insanidade mental. “Se a mãe relatou ter sido ameaçada de morte por Frederico, uma pessoa dessas não ameaçaria de matar outra pessoa?”, questionou o advogado aos jurados.

Siqueira pediu aos jurados responsabilidade ao julgar o Arlindo Soares Lobo, que “é inocente e pode ter a vida arrebentada se for culpado”.

Promotoria aponta contradições da defesa

O promotor Francisco Santiago decidiu utilizar seu direito de réplica aos argumentos do advogado da defesa, Marco Antônio Siqueira, cuja fala se encerrou às 17h04. Santiago criticou os argumentos expostos por Marco Antônio Siqueira e Délio Gandra, que também integram a defesa. Para a promotoria, os argumentos são contraditórios – enquanto Siqueira afirmou que Arlindo agiu por coação irresistível, Gandra alegou que “este menino bom, este pobre rapaz, se colocou em uma situação quase impossível de sair”.

Para o promotor, o termo “quase” signigica que Arlindo poderia ter denunciado o sequestro das vítimas antes que elas fossem assassinadas, o que não foi feito e contradiz a fala de Siqueira. O advogado ainda reiterou que a participação do estudante no crime - classificado por ele como “um dos mais bárbaros da história” - foi “grandiosa”.

 

Entenda o caso

Arlindo Lobo cursava Direito à época do crime. Ele foi pronunciado por homicídio qualificado, extorsão, destruição e ocultação de cadáver e formação de quadrilha e aguarda julgamento detido no presídio de São Joaquim de Bicas II. Durante a fase de instrução e julgamento do processo Arlindo afirmou no tribunal que foi contratado como motorista de Frederico Flores, líder do Bando da Degola. Arlindo teria transportado os corpos das vítimas no dia dos homicídios. Ele confessou que esteve no apartamento no dia do assassinato dos empresários. Porém, Arlindo negou a participação no crime.

Ao todo, oito pessoas respondem pelo assassinato dos empresários Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, e Rayder Santos Rodrigues, de 39. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, os oito sequestraram e extorquiram os empresários. Após fazer saques e transferências de valores das contas deles, o grupo os assassinou e transportou os corpos no porta-malas do carro de uma das vítimas para a região de Nova Lima, onde foram deixados sem as cabeças.


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