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Estado de Minas

Família de adolescente morta com tiro na cabeça cobra punição de delegado

Ex de delegado será enterrada hoje. Investigação envolvendo policial será concluída até segunda-feira e entregue à Justiça


postado em 05/06/2013 06:00 / atualizado em 05/06/2013 08:34

Parentes que foram ao velório disseram que ainda tinham esperança de que Amanda Linhares ia melhorar e sair do hospital, onde ficou 51 dias(foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press)
Parentes que foram ao velório disseram que ainda tinham esperança de que Amanda Linhares ia melhorar e sair do hospital, onde ficou 51 dias (foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press)

 

Conselheiro Lafaiete – Abatida e amparada por parentes, Rubiany Linhares dos Santos, de 32 anos, chegou na noite de ontem para o velório da filha, Amanda, de 17, que morreu na noite de anteontem após ficar 51 dias internada em estado grave no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. A jovem foi baleada na cabeça quando estava em viagem com o ex-namorado, o delegado Geraldo Toledo, de 40, que foi preso pela Corregedoria de Polícia Civil como suspeito do crime. Ele diz que a garota se suicidou.

Cada passo de Rubiany subindo a rampa do Velório São Jorge, em Conselheiro Lafaiete, foi sofrido, vencido aos soluços até que ela se agarrou ao caixão onde a filha estava. O enterro está marcado para as 9h de hoje. Ontem à noite, ninguém escondia a frustração por acreditar que a garota se recuperaria dos ferimentos. Os parentes presentes ao velório disseram estar surpresos pela morte da adolescente. “A gente esperava que ela melhorasse, estava dando sinais de que reagiria. A mãe dela está muito abatida, foram 51 dias ao lado dela, acompanhando no hospital e tinha essa esperança de que iria sobreviver”, disse um familiar.

Mesmo em meio à dor, os parentes e amigos cobraram por justiça e afirmaram estar unidos para não deixar que o caso seja esquecido. “A gente sabe que tem um delegado envolvido, mas estamos de olho nos trabalhos da polícia”, afirmou outro parente.

Investigação

O inquérito sobre a morte da adolescente está previsto para ser finalizado e encaminhado para a Justiça na segunda-feira, segundo a Polícia Civil. Geraldo Toledo já foi informado da morte da ex-companheira e, segundo advogada Maria Amélia Tupynambá, que o representa, ele chegou a passar mal com a notícia. “Ele está um pouco doente e com suspeita de dengue, quadro que foi agravado hoje (ontem) pela manhã, quando ele soube da morte de Amanda”, disse. Toledo foi encaminhado para um hospital da capital, onde foi medicado, e já retornou para prisão.

(foto: Reprodução Facebook)
(foto: Reprodução Facebook)
Maria Amélia informou que não vai mudar a sua tese e defende que a jovem cometeu suicídio. “De forma jurídica e técnica a morte dela não muda em nada nossa atuação. O que muda é a questão sentimental e a esperança que tínhamos em ver confirmados os fatos quando ela acordasse. Seria uma prova cabal do que ele está alegando. Isso nos deixou muito desgostosos. Primeiro em relação à vida dela e, depois, na própria defesa”, ressalta Maria Amélia.

Maria Amélia informou que o suspeito está aguardando tratamento psiquiátrico desde que foi decretada a sua prisão preventiva. “Por enquanto foi feito um tratamento de emergência, mas estamos olhando detalhes para que ele possa ser acompanhado por profissionais na Casa do Policial”, revela. As investigações estão sendo comandadas pela delegada Agueda Bueno, da Corregedoria da Polícia Civil.

Amanda Linhares foi baleada em 14 de abril em uma estrada entre Ouro Preto e o distrito de Lavras Novas, na Região Central de Minas. Ela estava em companhia de Geraldo Toledo. Testemunhas disseram que o casal estava no carro dele quando discutiam. O relacionamento dos dois era marcado por desavenças e já havia gerado ocorrências policiais.


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