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Estado de Minas

Desafio de motoristas e passageiros é manter a calma no trânsito de BH


postado em 04/04/2013 06:00 / atualizado em 04/04/2013 07:14

Psicóloga e consultora de recursos humanos do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra/BH), Elaine Zanforlim, diz que, diante da situação atual do transporte coletivo na capital, alguém tem que ceder. “Essa violência descontrolada é uma realidade. Nossos operadores passam por isso cotidianamente. São os que mais sofrem e recebem toda a carga de estresse gerada pelo trânsito, porque para no ponto, abre as portas e recebe passageiros desconhecidos, de reação nada previsível. A impaciência e o desrespeito são muito comuns”, afirma a especialista.

Elaine presta consultoria também a algumas empresas e diz que o funcionário não tem que se preocupar com os horários de cumprimento das viagens. Ela explica que, por causa do trânsito congestionado e das obras em andamento em toda a cidade, as empresas conseguem justificar seus atrasos junto à BHTrans, evitando assim a punição.

“Todas as paradas estão previstas naquele tempo e, se algo acontecer na cidade, conseguimos argumentar. Mas os motoristas reclamam muito da impaciência do usuário. Por isso, costumamos dizer aos trabalhadores que, se tiverem um comportamento adequado, se cumprirem as regras, terão um risco muito menor. Não sabemos o grau de agressividade das pessoas e a mudança deve ser no comportamento do condutor, com uma postura passiva, para preservar a si mesmo e aos demais passageiros.”

No dia a dia, porém, não são todos que conseguem seguir o conselho. O motorista Ronildo Gomes de Souza, de 45 anos, acha que os passageiros irritam ainda mais do que o tráfego pesado. Muitas vezes, argumenta, o trânsito está ruim e não há como parar o veículo no ponto certo. “Temos que fazer manobras e parar antes ou depois. Os passageiros reclamam e isso tira a minha paciência”, conta.

Débora Francielle Brandão, de 19, resume o estado de espírito de quem depende de um coletivo em horário de pico. “O que me irrita? Ônibus que demora a passar e chega superlotado. Se o motorista não para, pior ainda. É sempre assim, de manhã e de tarde, com muita gente indo ou voltando do trabalho. O trânsito fica parado, as pessoas, nervosas, cansadas, querendo chegar logo em casa. Por qualquer coisa elas explodem”, observa.


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