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Estado de Minas

Mineiros que vão à Jornada Mundial da Juventude acreditam numa nova Igreja


postado em 13/02/2013 07:00 / atualizado em 13/02/2013 07:28

A renúncia do papa Bento XVI não tira o entusiasmo de quem vai participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a ser realizada no Rio de Janeiro entre 23 e 28 de julho, com a presença estimada de mais de 2 milhões de pessoas. Ao contrário. Integrantes de comunidades católicas de Belo Horizonte acreditam que o evento, o maior da Igreja em congregação de jovens, será o primeiro grande encontro do novo sumo pontífice com crianças, adolescentes, adultos e idosos de todos os continentes. Com o início, hoje, da Campanha da Fraternidade 2013, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e dirigida à juventude – em BH, a abertura será na manhã de sábado –, rapazes e moças começam a se preparar também para a Semana Missionária ou Pré-Jornada, com sede na capital mineira no período de 16 a 21 de julho. Na tarde de ontem, um grupo de amigos passeou pela Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul, e falou de suas expectativas para a extensa maratona de fé e cultura.

Assessor de Juventude da Região Episcopal, o instrutor de informática Gleidson Cliger de Souza, de 27, acha que a melhor forma de a Igreja atrair os jovens é pela alegria. “É claro que não se pode mudar a liturgia, mas o jovem deve ser ouvido e expressar a sua fé. Essa alegria não se apresenta apenas pela música, mas pelo entendimento”, revela.

Com a camisa e bolsa a tiracolo da JMJ 2011, realizada em Madri, Espanha, e da qual participou, o coordenador do setor de Juventude da Arquidiocese de BH, Wendel José dos Santos, conta que o maior sentido da jornada é a união dos povos. “O anúncio da renúncia de Bento XVI em nada diminui esse caminho, muito menos o nosso estímulo. Espero que o novo padre fortaleça em todos, principalmente, nos jovens, o sentimento de pertença à Igreja”, disse Wendel. Ele lembrou que, em 2005, João Paulo II (1920-2005) estava à frente do evento realizado em Colônia, Alemanha, mas foi presidida por Bento XVI. “Desta vez, ocorre a mesma situação”, disse ele, que trazia ao peito a cruz da jornada com as cores vermelha, amarela, branca, azul e verde, simbolizando os continentes.

A estudante de pedagogia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Graziele Cristina dos Santos, de 24, está certa de que a sucessão papal não vai interferir em nada na programação oficial, que já foi confirmada por bispos ligados ao Vaticano. “O importante é manter a fé. Espero que o novo ocupante do trono de São Pedro tenha a cabeça aberta e voltada para os jovens. Isso significa acolhê-los.” Ao lado dela, a amiga Magda Passos Barbosa, de 28, formada em relações públicas, brincava, dizendo que vai conhecer o Rio de Janeiro e também a praia. Ela ajuda na organização das atividades da Pré-Jornada, na Paróquia de São Marcos, e acredita que o mais importante é a participação.

ARMADILHAS Ao lado da namorada, Tamiris Andreza de Oliveira Cruz, de 19, o estudante de engenharia de controle e automação Solón Vitor Rodrigues Batista, de 22, contou que vai receber cinco estrangeiros na república onde mora. Para ele, a nova geração tem de aprender a dizer não “às drogas, ao álcool, ao sexo desenfreado e à violência”. Na sua avaliação, a garotada de hoje cai em várias armadilhas. “A religião é importante para manter o equilíbrio, ver a vida com mais calma”, diz Solón. Numa das campanhas lançadas pela Arquidiocese de Belo Horizonte, que tem à frente o arcebispo dom Walmor Oliveira de Azevedo – Minha família recebe um peregrino –, os católicos estão sendo convocados a acolher um jovem estrangeiro em casa. As informações de como participar estão disponíveis no site www.semanamissionariabh.org.br, com um link para peregrinos em família.

Sorridente, o estudante do Senai Leonardo Silva Neto, de 28, da Paróquia Santa Maria Mãe de Deus Perpétuo Socorro e residente no Bairro União, na Região Nordeste, conta que a turma está arrecadando recursos para ir ao Rio. “Fizemos um baile pré-carnavalesco (Pré-CarnaCristo) para a viagem.” Sobre a decisão de Joseph Ratzinger, ele diz que “Deus sabe o que faz”. Sentado num banco, perto da Alameda das Palmeiras, o estudante de serviço social Marcelo Bleme, de 21, gostou da “simplicidade e coragem” do papa ao tomar a decisão. “Estou planejando a vida para julho, pois serão duas semanas de eventos. Como estou trabalhando, vou participar só no fim de semana da Pré-Jornada, mas pretendo ir ao encontro com o papa no Rio”, afirmou.


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