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Estado de Minas

Operação para combater fraudes em vestibulares prende pelo menos seis em MG

As prisões aconteceram em Belo Horizonte, Montes Claros, Araguari, Itapagipe e Iturama. Os suspeitos faziam provas no lugar de outras pessoas utilizando documentos falsos


postado em 12/12/2012 17:43 / atualizado em 12/12/2012 20:10

Com um dos presos foram encontrados óculos com pontos eletrônicos(foto: Polícia Federal/Divulgação)
Com um dos presos foram encontrados óculos com pontos eletrônicos (foto: Polícia Federal/Divulgação)

Uma operação da Polícia Federal (PF) para desarticular uma quadrilha especializada em fraudar vestibulares de medicina, realizada em 10 estados e no Distrito Federal, terminou com a prisão de pelo menos seis pessoas em Minas Gerais. Todos eram os chamados pilotos  - tinham a função de fazer provas no lugar de outras pessoas. Em todo país, foram realizadas 46 prisões.

As investigações apontaram que o esquema começou no Espírito Santo e se espalhou por todo o país. O grupo agia por diferentes métodos para não ser descoberto. Documentos falsos eram usados e os gabaritos passados por meio de pontos eletrônicos. A polícia, no entanto, ainda não informou como o grupo conseguia as respostas oficiais das questões. Segundo a PF,  entre 2011 e 2012, 54 diferentes provas de vestibular em Medicina foram fraudadas. Quarenta e cinco instituições de ensino foram afetadas em todo Brasil.

Em Minas, as ações começaram logo no início do dia. A primeira prisão foi em Montes Claros, na Região Norte do Estado. O estudante de Medicina Elzo de Souza Barbosa, de 27 anos, apontado como “um dos importantes integrantes” da organização criminosa, foi preso no apartamento dele, perto da faculdade particular onde está matriculado, no bairro Ibituruna (área nobre da cidade). Com Barbosa foi encontrada uma grande quantidade de materiais, alguns deles bem sofisticados, que eram usados para driblar a fiscalização e fraudar os concursos.

Entre os equipamentos apreendidos estavam óculos especiais, que contêm um “ponto eletrônico” para o recebimento de respostas das provas pelos candidatos que compravam os serviços da quadrilha. A adoção da tecnologia do óculos ajuda a fraudar o esquema de vigilância dos vestibulares.

Em Uberaba, Itapagipe e Iturama, na Região do Triângulo, dois homens e uma mulher foram presos. Segundo a PF, eles trabalhavam como pilotos. “Todos eles têm capacidade intelectual para passar nos exames e por isso trabalhavam para fazer provas terceiros. Para isso, falsificavam os documentos desses candidatos”, afirma o delegado Carlos Henrique Cota D'ângelo.

Os pilotos também agem de outras formas. “Eles podem receber a prova de alguma pessoa que fez o exame em um tempo curto, resolvem as questões e passam as respostas através de pontos eletrônicos e outros mecanismos”, explica o delegado. Dois dos presos já respondem a processo pela mesmo crime no Pará e no Rio de Janeiro. Na delegacia, todos afirmaram que só irão dar declarações em juízo.

Em Araguari, na mesma região, um jovem de 22 anos também foi preso. Segundo a PF, somente este ano ele participou, de forma fraudulenta, de oito vestibulares de faculdades e universidades de Minas, Goiás e outros estados. Também houve prisões em Belo Horizonte.

O balanço final da operação em todo país será divulgado ainda na noite desta quarta-feira.


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