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Estado de Minas

Sem qualquer avanço nas negociações, greve no metrô é mantida na capital

Diretor-presidente da CBTU pediu a suspensão da greve, mas não sinalizou qualquer possibilidade de reajuste salarial


postado em 22/05/2012 20:33

Segue mantido o impasse entre os metroviários e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a greve da categoria, iniciada no último dia 14, ainda não tem previsão para acabar. No começo da noite desta terça-feira, representantes do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexões de Minas Gerais (Sindimetro-MG) se reuniram, em Belo Horizonte, com o diretor-presidente da enmpresa, Francisco Colombo, numa tentativa de abrir o diálogo, mas não houve avanços.

De acordo com a presidente do Sindimetro-MG, Alda Fernandes dos Santos, Colombo pediu que os metroviários suspendessem a greve. “Ele pediu para suspendermos o movimento para podermos negociar com a empresa. Mas, não apresentou nenhuma proposta de negociação. Índice zero de reajuste é inaceitável”, disse. Ela garantiu que a greve permanece por tempo indeterminado e que, até decisão contrária da Justiça, será mantida a escala mínima de funcionamento do metrô nos horários de pico.

A CBTU esclareceu que a empresa não pode negociar apenas com os trabalhadores de Minas Gerais, uma vez que atua em outras quatro capitais, onde também há greve. Nessa segunda-feira, em audiência de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG), o desembargador João Bosco, que conduziu a audiência, concluiu que o mérito precisa ser julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Uma nova assembleia dos grevistas foi marcada para a próxima sexta-feira, quando serão discutidos os rumos do movimento. Nesta tarde a categoria se reuniu em assembleia e, em seguida, promoveu uma manifestação em frente ao Shopping Estação BH, durante inauguração do novo centro de compras que funciona em espaço anexo à Estação Vilarinho do Metrô. O evento contava com a participação do diretor-presidente da CBTU, motivo pelo qual os trabalhadores se mobilizaram em protesto. Foi nesta oportunidade que Francisco Colombo se dispôs a receber o Sindimetro-MG.

Os metroviários ainda aguardam a Justiça se manifestar sobre o pedido apresentado nessa segunda-feira de que seja reduzida a escala mínima imposta aos grevistas. A categoria se baseou na relutância da CBTU em oferecer alguma proposta de reajuste para pedir que o tribunal reveja a determinação de funcionamento integral do metrô nos horários de pico. O recurso é analisado pelo 1º vice-presidente do TRT-MG, desembargador Marcus Moura Ferreira. Por enquanto, o metrô segue operando com 100% das viagens de segunda a sexta-feira entre 05h20 e 08h30 e das 17 às 19h30. Aos sábados só irá funcionar das 5h30 às 09 h, enquanto no domingo não haverá funcionamento.

Os metroviários reivindicam reajuste salarial de 5,74%, participação nos lucros e resultados, adicional noturno de 50%, além de plano de saúde. A CBTU afirma que, por determinação Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, do Ministério do Planejamento, não pode conceder nenhum tipo de reajuste. A empresa se recusa ainda a manter as cláusulas do acordo coletivo que esteve vigente até o dia 30 de abril deste ano.


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