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Estado de Minas

Enfermeira dá ácido em vez de remédio a criança em hospital de BH

Hospital admite troca de remédio ministrado em criança, que teve o esôfago queimado


postado em 11/04/2012 06:00 / atualizado em 11/04/2012 06:44

Rogério de Matos Novais, pai de Alan, na porta do Hospital Felício Rocho(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Rogério de Matos Novais, pai de Alan, na porta do Hospital Felício Rocho (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Uma possível troca de medicamentos no Hospital São Camilo, Bairro Floresta, Região Leste de Belo Horizonte, teria causado uma inflamação aguda no esôfago do pequeno Alan, de 2 anos, quando ele se preparava para fazer uma tomografia. O menino foi levado ao hospital no domingo, depois de bater a cabeça em casa, no Bairro Jardim dos Comerciários, Região de Venda Nova. Na hora de ser sedado para fazer o exame, teria recebido uma substância ácida usada para cauterizar verrugas.

Segundo a mãe de Alan, Erica Aparecida da Castro Novais, de 31 anos, uma enfermeira ministrou o remédio e ficou sem saber o que fazer no momento em que a criança rejeitou parte da substância. "Peguei meu filho e levei na mesma hora até a médica dizendo que havia algo errado. Ela não viu nada de anormal, mas rapidamente apareceram manchas na boca e no rosto indicando que ele tinha queimaduras. O diretor do hospital reconheceu que houve uma fatalidade e o remédio foi trocado", disse a mãe.

Ainda segundo Erica, a criança foi examinada por uma junta médica e liberada, para voltar ao hospital no dia seguinte. "Ele chorou e teve febre durante toda a segunda-feira e então resolvi ligar para o hospital. A ambulância do plano de saúde o pegou em casa e a médica garantiu que no estado em que ele estava nunca deveria ter sido liberado", garante a mãe.

Alan voltou na noite de segunda e ficou em observação até ser transferido na tarde de ontem para o Hospital Felício Rocho, no Barro Preto, para ser submetido a uma endoscopia. "O exame apontou uma inflamação grave no esôfago, que é compatível com a ingestão de uma substância ácida", informou o coordenador da UTI Pediátrica do hospital, Waldemar Fernal. Segundo ele, nesta quarta ou quinta-feira, o pequeno Alan será submetido a um exame para ver se o estômago também foi afetado. Pelo menos por duas semanas Alan não vai receber alimentos pela boca.

"Alan se alimenta apenas com soro e, caso o estômago não tenha sido afetado, será colocada uma sonda para receber alimentos não sólidos. As funções vitais estão preservadas e o pequeno não corre risco de vida. Do ponto de vista neurológico, também não há problemas", disse o médico. O Hospital São Camilo vai se pronunciar nesta quarta-feira às 11h. A família registrou um boletim de ocorrência e a Polícia Civil deverá investigar o caso.


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