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Estado de Minas

Minas quer parceria do Exército para combater explosões a caixas eletrônicos

Uma força-tarefa deve ser criada para o enfrentamento das quadrilhas responsáveis pelos crimes


postado em 02/02/2012 07:23 / atualizado em 02/02/2012 10:02

Em busca de medidas eficazes no combate aos ataques a caixas eletrônicos com o uso de explosivos, os órgãos de segurança pública de Minas Gerais estudam pedir a ajuda do Exército. A alternativa foi discutida em reunião na terça-feira, que teve a presença de representantes das polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros. O objetivo é que seja feito um trabalho de parceria com a força-tarefa criada para o enfrentamento das quadrilhas responsáveis pela explosões recorrentes das máquinas, registradas, principalmente, nas cidades do interior.

Nos levantamentos da Polícia Civil descobriu-se que os principais organizações criminosas migraram de outros estados, especialmente São Paulo, onde já existe uma linha de frente de combate as explosões dos órgãos de segurança. Há suspeita de que os bandidos estejam roubando explosivos de construtoras e mineradoras para cometer os roubos nos equipamentos. O chefe do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), delegado Islande Batista, confirmou ontem a possibilidade de se pedir ajuda do Exército, que fiscaliza e controla o uso de material explosivo no país.

“Os bancos reforçaram o material dos caixas eletrônicos e os bandidos recorreram aos explosivos. Nessa mudança, os criminosos acabaram descobrindo que o tempo que levavam usando pés de cabras e maçaricos é muito maior do que simplesmente explodir os equipamentos. Antes, a ação levava cerca de 20 minutos. Agora, acontece em apenas um minuto e meio”, disse o delegado. Ainda segundo ele, do momento da explosão até a chegada da Polícia Militar, o tempo é suficiente para os criminosos recolher o dinheiro e fugir.

Conforme Islande Batista, pelo modo de atuação dos grupos de assaltantes, eles acreditam tratar-se de criminosos que possuem apenas conhecimentos básicos do uso dos explosivos. Isso, porque em muitos dos ataques aos caixas eletrônicos, a Polícia Civil vem percebendo que os estragos provocados são de grandes proporções, muitas vezes destruindo inclusive as notas.
O delegado disse que uma das dificuldades de se descobrir a origem dos materiais explosivos usados nos crime é porque as empresas onde ocorreram o desvio da carga não fazem as denúncias. Se houver um acordo dos órgãos de segurança pública de Minas e Exército, esse problema entrará na pauta, para que se encontre regras para que seja feitas as denúncias e pedido de maior rigor nas fiscalizações das construtoras de mineradoras.

Em uma semana, a PM atendeu cinco casos de ataques a caixas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O mais recente foi na segunda-feira, quando bandidos invadiram o Banco Itaú, na Rua Jacuí, na capital, e explodiram uma máquina e danificaram outras quatro. A explosão quebrou as portas de vidro da agência e notas de R$10 ficaram espalhadas pelo o chão.

Na segunda-feira, o comandante Coronel Rogério Andrade, do Comando de Policiamento da Capital (CPC) da Polícia Militar, informou que haverá uma reunião, da PM, a Polícia Civil e representantes de bancos e revendedores de artefatos explosivo para estudar medidas de segurança.


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